Ministro do STF Gilmar Mendes arquiva recurso de Ednaldo para voltar ao comando da CBF

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), acatou o pedido formulado pelo ex-presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, que desistiu de tentar questionar a decisão da Justiça do Rio de Janeiro na segunda-feira (20).

Ednaldo foi retirado do cargo por ordem de um desembargador do TJRJ, depois de Mendes ter ordenado a ação imediata da Justiça fluminense para investigar irregularidades no processo eleitoral que elegeu Rodrigues ao comando da confederação.

A Justiça do Rio nomeou Fernando Sarney, o vice-presidente mais antigo da CBF, interventor para organizar uma nova eleição ao comando da entidade. A defesa da CBF aponta que a decisão do desembargador Gabriel de Oliveira Zefiro, do TJRJ, que ordena que Sarney providencie novas eleições “o mais rápido possível” vai de encontro ao que diz o STF.

O Supremo já havia reconhecido e homologado o acordo que manteve Ednaldo no comando da confederação. Ainda segundo eles, o afastamento de Ednaldo cria risco de sanções internacionais pela FIFA e Conmebol, que não reconhecem intervenções judiciais nas federações de futebol.

Ao declarar anulidade do acordo e determinar, de ofício, o afastamento da diretoria da CBF, omagistrado atuou como instância revisora — e, mais grave, censora — do Supremo Tribunal Federal", diz a defesa de Ednaldo a Gilmar.

O pleito está marcado para o próximo dia 25 e deverá eleger o médico Samir Xaud, 41 anos, o novo chefe da confederação. Xaud nunca comandou uma entidade esportiva, mas foi eleito para chefiar a Federação Roraimense de Futebol. Ele é filho do antigo cartola da entidade e registrou a chapa com o apoio de dez dos 40 clubes que integram o colegiado. Com isso, tornou-se candidato único no pleito.