Diretor de TI da CBF acusa Ednaldo Rodrigues de assédio e relata supostos crimes

O diretor de TI da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Domingos Torres, denunciou o presidente da entidade, Ednaldo Rodrigues, por assédio e apontou crimes supostamente cometidos pelo mandatário. A manifestação foi acolhida pela presidência da Comissão de Ética do Futebol Brasileiro, nesta segunda-feira, 12.

No texto, Torres relata que Rodrigues é responsável por valores pagos sem contrato, desvios de equipamentos para a Federação Bahiana de Futebol (FBF), além de outras questões.

Segundo Torres, Ednaldo apresentava irritação com ele, o que futuramente virou um isolamento dentro da CBF.

"Em janeiro de 2023, já bastante isolado, percebi que o presidente estava dando calote em fornecedores. Um deles ficou de novembro até março com quase 50 mil reais para receber, sendo que ele havia adiantado todo o valor e fez o serviço com qualidade", acusou Torres.

Ainda de acordo com o funcionário, Ednaldo fazia ameaças de demissão e manifestava preocupações como se ele estivesse recebendo propina.

"Não consigo fazer a minha missão direito. Me sinto tolhido. Tento conversar com o presidente, mas ele me ignora. Tentei os mais variados meios, como pessoas próximas, mas agora dizem para mim que o mais importante é não me demitir, pois estaria pensando seriamente nisso", detalha em outro trecho da carta. 

Em outro momento, Torres afirma que uma funcionária indicada pelo presidente da CBF, identificada no texto como Lícia, realizou um pagamento de R$ 3 milhões a mais de impostos e colocou a responsabilidade no setor de TI. "Situação constrangedora onde o meu funcionário tomou as chaves do sistema me tratando como se eu tivesse feito algo errado", relatou.