Com a renovação até 2027, Ceni reflete sobre a relação com a diretoria e os desafios de um técnico brasileiro na Europa.
Por Redação Galáticos Online
Publicado em 07/07/2025, às 12h40A trajetória de Rogério Ceni no comando do Bahia ganhou um novo capítulo nesta semana. Após quase dois anos à frente do Tricolor de Aço, o técnico renovou seu contrato com o clube até dezembro de 2027. A decisão vem embalada por uma sequência marcante: o time escapou do rebaixamento em 2023, conquistou o título estadual em 2024, garantiu vaga na Libertadores após 34 anos e ainda registrou sua melhor campanha na era dos pontos corridos da Série A.
Mais do que os resultados em campo, o que pesou para a continuidade do trabalho foi o ambiente construído fora dele. Ceni destacou a relação com os dirigentes e o clima diário no clube como elementos fundamentais para sua permanência. “A liberdade para se trabalhar no dia a dia eu acho que é fundamental. Gosto disso, e a forma como me tratam também é muito importante para que eu me sinta confortável aqui”, afirmou o treinador em entrevista ao ge e ao Globo Esporte BA.
“Hoje, o meu time é o Bahia. Eu fiz um contrato para cumprir e sou muito grato a todos aqui — ao Raul [Aguirre, CEO] e ao Cadu [Santoro, diretor de futebol]. A convivência é de muita harmonia”, completou Ceni, evidenciando o alinhamento entre comissão técnica e diretoria.
Mas o horizonte de Ceni vai além do futebol brasileiro. Embora afirme estar totalmente comprometido com o projeto no Bahia, o treinador reconhece que trabalhar na Europa é um sonho — ainda que não uma obsessão. Segundo ele, a parceria do Bahia com o Grupo City pode abrir caminhos para esse salto. “Gostaria, acho que até o Grupo City pode propiciar isso. Um dia, quem sabe. Mas sou extremamente feliz aqui”, declarou.
Ceni, no entanto, é realista sobre os desafios que um técnico brasileiro enfrenta para chegar ao futebol europeu, principalmente aqueles que, como ele, não tiveram carreira internacional como jogadores. “Aqueles que já tiveram uma passagem grande na Europa têm um caminho um pouco mais fácil. Já viveram, têm referências, têm experiência com times de lá. Para os outros, é um desafio maior.”
Mesmo assim, ele acredita no potencial dos técnicos do país. “Não tenho dúvidas de que há treinadores brasileiros com total capacidade de dirigir, talvez não uma equipe top de linha da Europa, mas subir degraus, fazer uma caminhada”, completou.
Na entrevista, que foi ao ar nesta segunda-feira, Rogério Ceni também revelou aspectos pessoais de sua rotina no Bahia. Falou sobre gostos musicais, superstições e os objetivos que ainda quer alcançar no clube. A renovação, segundo ele, é mais do que um contrato — é a continuação de um projeto que começa a mostrar resultados dentro e fora de campo.
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