Ex-Bahia rasga o verbo sobre 'elenco galático': "Mau-caratismo de alguns é melhor nem comentar"

Com uma carreira curta, o jogador pendurou a chuteira em 2014, aos 31 anos

Divulgação

Por Alex Torres/ Bnews

Publicado em 07/07/2025, às 18h00

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Ambiente pesado e muito briga nos vestiários. Foi assim que o lateral-direito Coelho, sem papas na língua, descreveu um dos melhores times em que jogou. Com uma carreira curta, o jogador pendurou a chuteira em 2014, aos 31 anos, após passagens por Bahia, Atlético-MG, além do futebol italiano e turco. 

O melhor momento de Coelho como atleta profissional, entretanto, aconteceu com as cores do Corinthians, clube em que foi revelado. Em 2005, ele esteve presente no elenco chamado de "galático", que contava com jogadores como Tevez, Nilmar, Roger, Carlos Alberto, Mascherano, Gustavo Nery, Fábio Costa, entre outros.

"O ambiente era pesado, mas os caras jogavam muita bola. Era um vestiário conturbado, mas não queríamos sair dali. Queríamos aquela confusão. Quanto mais confusão a gente fazia, mais a torcida cobrava, mais a gente jogava. Era um vestiário de homens, nem tantos alguns, porque o mau-caratismo de alguns é melhor nem comentar", revelou Coelho em entrevista ao GE.

"Tinham treinadores, como o delegado (Antônio Lopes), o Márcio (Bittencourt), mas não adiantava, porque quem comandava realmente eram os jogadores [...] Aquele Corinthians tinha muito ego. Tinha muita situação: 'por que aquele tem e eu não tenho? E aí tinha o pessoal da base que também queria, porque quem realmente acabou jogando foi a base, junto com os medalhões", completou.

Coelho ainda falou com muito carinho a da estrela daquele Corinthians: o atacante argentino Carlos Tévez, que foi artilheiro do time no ano, com 31 gols. O ex-jogador destaca o quanto o "gringo" cobrava dos outros companheiros de time.

"Era um timaço, então deixava os caras na frente, a gente só defendia e o gringo (Tévez) comandando tudo, era maravilhoso. Deu até saudade agora. O gringo jogava a bola, viu? Era ele e o Nilmar na frente", relembrou.

Vice-campeão paulista daquele ano, o Timão teve uma campanha emocionante e polêmica no Brasileirão de 2005, terminando como campeão em disputa frenética contra o Internacional na edição que ficou marcada pela 'Máfia do Apito', onde jogos precisaram ser refeitos após manipulações de arbitragem.

Naquela temporada, Coelho era um dos poucos do time titular que foram formados na base, junto com o zagueiro Betão e o volante Rosinei. O meia Wendel e o centroavante Jô também tiveram participações de destaque. Pelo Alvinegro, o lateral disputou 108 jogos e marcou 15 gols, entre 2003 e 2008.

Em 2012, ele foi contratado pelo Bahia e começou o ano como titular nos times dos técnicos Joel Santana e depois Paulo Roberto Falcão, mas acabou sofrendo com lesões e perdeu espaço no elenco. Ao todo, foram apenas 11 jogos e um gol marcado. 


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