Antônio Lopes proíbe dancinhas e provocações no Ba-Vi

Segundo um velho clichê do mundo futebolístico clássico é clássico e vice-versa. O Ba-Vi tem todos os ingredientes que fazem dele um dos maiores clássicos do país. E, em terra baianas, pimenta não pode faltar.

Nos dois primeiros confrontos do ano, sobrou polêmica. Na partida do dia 6 de fevereiro, o Vitória venceu por 3 a 0. Gols de Rildo, Elkeson e Neto Baiano. Na comemoração, muitas provocações ao rival. Neto, sempre polêmico, não perdeu a oportunidade de cavar a cova tricolor. O zagueiro Alison, ex-Bahia, chamou o companheiro e impediu que a brincadeira continuasse.

Após as voltas que a bola dá, foi a vez do Bahia sair de campo como vencedor. 20 de fevereiro, estádio de Pituaçu. O triunfo tricolor por 2 a 0 deixou os rubro-negros nervosos. O lateral Ávine pediu para a torcida do Bahia cantar. Neto Baiano não gostou da brincadeira e, nervoso, acabou expulso. Quem também perdeu a cabeça foi Uelliton.

- Naquele dia nos preocupamos demais com a arbitragem e terminamos com a cabeça quente. Mas as provocações passaram. Agora é outra história - avisou o volante.

Quem assistiu a tudo isso do banco de reservas e não gostou nem um pouco da história foi o treinador do Vitória, Antônio Lopes. Velha raposa do mundo do futebol, Lopes sabe muito bem que a malandrangem faz parte do jogo, mas, se usada de forma equivocada, pode virar contra o feiticeiro. Por este motivo, o técnico reuniu o elenco nesta segunda-feira e foi taxativo. Estão proibidas as dancinhas e provocações.

- Lopes foi muito exigente. Ele conversou com a gente, principalmente com os líderes do time. Ele disse não tem que ter (provocações). Então vamos respeitar o Bahia - falou o atacante Neto Baiano, mostrando que aprendeu a lição.

Brincadeiras, provocações e ironia. Ingredientes de sobra para fazer o estádio de Pituaçu um verdadeiro caldeirão. Se a recomendação de Lopes vai sobreviver ao calor do jogo, só saberemos quando a bola rolar.