O Troco
Por Tarso Duarte (Twitter: @tarsoduarte)
Publicado em 18/03/2016, às 12h20
Dois anos depois de ver seu principal atacante trocar o Barradão pelo Fazendão, os rubro-negros conseguiram dar o troco no rival tricolor. A exemplo do que fez o Bahia quando levou Maxi Biancucchi, o Vitória não tentou aliciar Kieza quando ele ainda estava no rival, mas assim que o Esquadrão deu sinais de desistência na tentativa de continuar com K9, o Leão fez de tudo para ter o jogador.
Assim como aconteceu no início de 2014, a transferência reacendeu a chama da rivalidade, enfraquecida pelos times sem qualidade que Bahia e Vitória insistem em apresentar ano após ano.
Quando contratou Maxi, o Bahia teve de engolir também o irmão do argentino, Emanuel, e fez questão de apresentar os dois em um hotel de luxo em Salvador. Um evento e tanto para um atleta que agora é mau-visto no Fazendão, pelo menos pela direção, que ‘encostou’ o atacante que ganha cerca de R$ 200 mil/mês.
O Vitória vai fazer algo parecido. Com Kieza como personagem principal, um evento no Barradão vai contar com torcida e festa, com Victor Ramos e Dagoberto também sendo apresentados.
A festa é válida. O clube está trabalhando para ter a torcida ao seu lado em um ano importante, mas não pode ‘relaxar’ apenas com essas contratações.
As chegadas de Dagoberto e Kieza, somada à presença de Marinho, coloca o clube em um patamar acima do que estava há duas semanas atrás. É um ataque que provoca mais respeito do que um time com William Henrique e Vander completando o trio ofensivo.
Se em anos anteriores o mesmo grupo que vem dirigindo o Vitória desde 2006 montou times que se mostraram impotentes contra um Atlético Goianiense e acabaram rebaixados em pleno Barradão lotado, ao menos esse não deve ser o panorama em 2016.
Parabéns a Raimundo Viana, Manoel Matos e Anderson Barros. Surpreenderam positivamente. Se continuarem com esse foco o Vitória pode se tornar forte ainda neste ano.
Pode, ainda não é. O time tem deficiências evidentes e apesar do triunfo maiúsculo no BaVi, os jogos que antecederam o clássico não podem ser esquecidos. Neles, deu pena de ver o Leão atuar, contra adversários com nível de futebol amador.
Os exemplos, mais uma vez, estão ao lado, no rival Bahia. Caiu para a segunda divisão no ano em que contratou Biancucchi. Kieza estava no Fazendão e até brilhou em 2015, mas isso não foi o suficiente para o tricolor conseguir o acesso.
A transferência de Kieza está mais que aprovada, os rubro-negros não param de criar musicas que devem ser cantadas nas finais do Baianão. A empolgação, no entanto, tem que ficar com a torcida. Os dirigentes ainda têm muito trabalho para fazer do Vitória um time que chegue com confiança e condição real para bater de frente com os principais times do país.
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