Leia o artigo: "Volta por cima"
Por Tarso Duarte
Publicado em 23/11/2015, às 13h30
Como diz um antigo ditado: ‘a César o que é de César’. Unindo trabalho e competência, o Esporte Clube Vitória conseguiu superar uma crise no futebol que durou mais de um ano, e chegou ao objetivo que parecia improvável em 2015, o acesso para elite o futebol brasileiro.
Comandado por Vagner Mancini, o time rubro-negro teve pela frente adversários de pouca qualidade técnica, é verdade, mas em uma competição cansativa como é na fórmula de pontos corridos, o sucesso não vem por acaso, e a superação da equipe foi sensível.
Humilhado e destroçado no primeiro semestre, o Vitória entrou na Serie B com a expectativa ruim de brigar para não ser rebaixado novamente para uma terceira divisão, mas essa nunca foi uma realidade depois que a bola rolou neste campeonato brasileiro.
Talvez as pesadas críticas feitas pela imprensa e pela torcida tenham atingido o orgulho dos atletas rubro-negros, mas o 'time sem alma' deu lugar a uma equipe comprometida em conquistar os pontos necessários para recolocar o clube na primeira divisão.
O acesso confirmado diante da Luverdense passa também pela união que tomou conta do ambiente no Barradão.
Não que no período de crise, quando Carlos Falcão era o presidente, o clube fosse desunido, mas o trabalho conjunto efetivo da direção - a partir do momento que Raimundo Viana assumiu a presidência – com o departamento de futebol, teve como efeito uma mudança mais que perceptível.
Nesse quesito, é preciso parabenizar cada um dos funcionários do clube, do presidente ao roupeiro, passando pelo gestor de futebol Anderson Barros e pelos cozinheiros do Barradão. Se em 2016 o Vitória está na primeira divisão, para a alegria de milhões de rubro-negros, é por conta de um árduo trabalho de equipe.
Em tempo
O momento é de comemorar e parabenizar, é verdade, mas pensar 2016 é mais do que preciso. O ‘esqueleto’ do time na primeira divisão tem que ser o mesmo? Muda tudo? Renova apenas com alguns?
Não sou daqueles que costumam rotular o jogadores como sendo de primeira ou segunda divisão. Se o cara veio aqui e buscou ajudar, somar, e correspondeu tecnicamente, na minha visão, precisa ser chamado ao menos para uma conversa sobre renovação.
A partir dessa ótica, a defesa toda já seria chamada para ‘conversar’. Fernando Miguel, Gatito Fernández, Guilherme Mattis, Kanu, Diego Renan e Diogo Mateus, todos foram fundamentais na conquista do acesso. Todos contribuíram em momentos decisivos da campanha.
Outros, como Amaral e Escudero, são unanimidade. Um desarmando e outro criando, deram a dinâmica necessária para o meio campo funcionar. Mesmo sem aquele clássico camisa 10 no elenco, a posse de bola foi um dos pontos fortes da equipe de Mancini no trajeto rumo à primeira divisão.
Por fim, aqueles que decepcionaram no quesito regularidade, mas não deixaram de ter importância na campanha do acesso. Neste grupo, incluo em especial Pedro Ken e Elton, que mais uma vez foram titulares em uma campanha de que levou o Vitória para a Série A.
Respeito a opinião daqueles que sugerem dispensar o meia e o atacante, mas acredito que antes de tomar este tipo de decisão é preciso saber se há opções melhores, ou até equivalentes no mercado.
Os adversários serão outros, o nível será outro. Os homens que comandam o futebol do Vitória tem que estar conscientes de que as decisões tomadas agora, no momento em que o clube volta a alcançar a primeira divisão, irão influenciar diretamente na permanência ou não do time na elite.
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