Portuguesa avança para a SAF com investimentos de R$ 1 Bilhão e reformas no Canindé

A Portuguesa está prestes a iniciar uma nova fase em sua história. Na última quinta-feira (14), no Estádio do Canindé, o Conselho Deliberativo do clube aprovou, por aclamação, a proposta de transformação da Lusa em uma Sociedade Anônima do Futebol (SAF). O projeto, avalizado pelo grupo de investidores Tauá Partners, XP Investimentos e Revee, prevê a aplicação de R$ 1 bilhão na reestruturação do clube e tem como objetivo alavancar a Portuguesa a um novo patamar no futebol brasileiro.

Carlos Eduardo Pinto Ramos, presidente do Conselho da Lusa, considerou a aprovação um passo importante, destacando a unanimidade favorável à proposta. Contudo, ainda há uma última etapa antes de sua oficialização: a assembleia geral dos sócios precisará ratificar a proposta, o que deve ocorrer em breve.

O plano de investimento inicial inclui um aporte de R$ 12 milhões para a montagem do elenco da equipe, visando a disputa do Campeonato Paulista de 2025. Além disso, o grupo Tauá se comprometeu a injetar R$ 18 milhões em um segundo momento e, ainda, financiar a implementação do projeto com um valor adicional de R$ 120 milhões ao longo do ano. O objetivo é, em até cinco anos, levar a Portuguesa de volta à Série A do Campeonato Brasileiro, atualmente distante devido à participação na Série D.

Paralelamente aos investimentos no futebol, a Lusa visa modernizar o Estádio do Canindé, transformando-o em uma arena multiuso, com modelo inspirado na reforma do Allianz Parque, estádio do Palmeiras. A execução das obras ficará sob responsabilidade de Luis Davantel, executivo com experiência na WTorre, a construtora que comandou a reforma do Allianz, e que hoje integra a Revee, uma das empresas do grupo investidor.

O projeto de revitalização do Canindé inclui uma transformação estrutural, com um investimento de até R$ 500 milhões para a modernização do clube social e do próprio estádio. Os investidores também têm planos para implementar um plano de recuperação judicial da Portuguesa, visando reestruturar suas dívidas e prazos de pagamento, garantindo a estabilidade financeira necessária para o sucesso do projeto.