Jogando no Japão "o triplo do que jogava no Brasil", ex-Bahia pede olhares de Tite

Você se lembra de Elierce Barbosa de Souza? Um volante que passou pelo Bahia em 2015, vindo por empréstimo junto ao Cruzeiro. Brincadeiras à parte, Elierce é muito mais conhecido como Souza Ferrugem e começou sua carreita no Palmeiras, passando também por clubes como, São Caetano, Ponte Preta, Cruzeiro e Santos.

Atualmente ele defende o Cerezo Ozaka do Japão e é o principal jogador do clube. No dia 1º de janeiro, o time dele entra em campo para enfrentar o Yokohama Marinos, às 14h40 do Japão (2h40 no horário da Bahia).

“Esta é a primeira vez que fico sem férias de fim de ano. Jogar no dia 1º vai ser um pouco diferente para mim. Mas aqui no Japão, eles não ligam muito para isso, não comemoram Natal e nem Réveillon”, afirmou, por telefone ao blog do Rafael Reis, no UOL.

Souza revelou a sua reeducação alimentar para alcançar o ritmo dos japoneses, que segundo ele, correm demais.

“Quando cheguei aqui no Japão [no início do ano passado], via os jogadores correndo muito e não conseguia acompanhar. O futebol daqui é muito veloz. Então, entrei na dieta e parei de consumir bebida alcoólica. Eu nem como mais arroz e feijão todo dia. Estou com corpo de japonês".

O ex-Bahia, de 29 anos, hoje pesa 78kg, cinco quilos a menos do que pesava em sua passagem pelo Esquadrão.

“Agora, eu jogo o triplo do que jogava no Brasil. Quando estava aí, costumava correr uns 7 km por partida. Aqui, minha média é de 12 km. Hoje, eu tenho a velocidade dos japoneses, com a vantagem de ser mais forte do que eles”, orgulha-se.

Sincero, Souza Ferrugem revela que faltam olhares da comissão técnica da Seleção Brasileira para o futebol japonês e segundo ele, se estivesse jogando no Brasil com o seu futebol atual, já teria sido convocado por Tite.

“Se eu estivesse jogando no Brasil o que tenho jogado no Japão, já teria sido convocado pelo Tite pelo menos uma vez. Não estou dizendo que iria para a Copa, mas pelo menos teria uma chance de mostrar meu valor. A minha expectativa é que o Tite e sua comissão técnica acompanhem o futebol no mundo todo. Se eles olham para a China, talvez também vejam o Japão".

Foto: Divulgação / Cerezo Osaka