Desde que voltou ao Vitória, em janeiro deste ano, o atacante Neto Baiano está longe de ser unanimidade. Já fugiu da Toca do Leão, declarou amor ao Rubro-negro, provocou polêmicas, disse que queria voltar ao Japão, mudou de ideia...

Seguindo seu estilo já conhecido, Neto Baiano acrescenta mais um debate ao currículo. O contrato do jogador com o Vitória termina em junho e cogitou-se que ele só renovaria com o clube por um salário de 150 mil reais. No entanto, o atacante nega.

- É mentira. Não é realidade. Acho que, no futebol de hoje, um jogador ter um salário de 150 mil é uma coisa absurda. Não pedi isso - garantiu.

Aos 29 anos, o jogador, que tem personalidade forte, já foi suspenso de vários jogos pelo mau comportamento em campo. Agora, ele começa a recuperar seu prestígio com a torcida.

- Hoje eu estou com minha cabeça mais tranquila. Eu estava com algumas questões familiares um pouco desgastadas, mas resolvi tudo. Agora quero ficar em Salvador, perto da minha família, perto dos meus amigos. O Vitória é um clube que eu gosto, um clube que eu amo. Eu quero estar aqui e ajudar o Vitória a ser da Primeira Divisão.

Neto entrou bem no primeiro jogo da final contra o Bahia de Feira, no último domingo. Por pouco, não marcou o gol que faria a diferença no dia da decisão, no Barradão. No último minuto dos acréscimos, o atacante recebeu um cruzamento na cara do gol e cabeceou, mas a bola passou por cima do travessão do goleiro Jair.

- Fui um pouco infeliz naquela jogada. Faltou um pouco mais de tranquilidade, um pouco mais de tudo. Então acho que agora vamos colocar a cabeça no lugar e tentar aqui (no Barradão) reverter esse quadro de lá (Feira de Santana), onde não fizemos um bom jogo - afirmou o jogador.

No próximo domingo, às 16h, Vitória e Bahia de Feira têm um novo encontro, decisivo e cheio de respeito.

- No momento, eu acho que o time do Bahia de Feira é muito melhor do que o Bahia. Muito. É um time muito bom, qualificado, que tem um treinador inteligente, que montou o time certo. E temos que ter cautela. Se não tivermos cuidado, é perigoso eles virem aqui e ganharem da gente - concluiu Neto Baiano.