Ídolo das torcidas de Bahia e Vitória, Emerson Ferretti conversou com exclusividade com o Galaticos Online e relembrou como foi jogar o clássico Ba-Vi pelos dois grandes clubes rivais do Estado.

Ferretti comentou a melhor lembrança dele no maior clássico do Norte/Nordeste.

"Foram 29 clássicos que joguei. 20 pelo Bahia e 9 pelo Vitória, foi bastante coisa durante sete anos e meio. Eu tenho algumas boas lembranças. Meu primeiro clássico foi em 2000, no barradão, o jogo foi 0 a 0 e meio que um batizado meu no Bahia. Foi uma boa atuação que meio que já selou  confiança da  torcida no meu trabalho. Outra boa lembrança foi novamente no barradão, no jogo que decidiu o campeonato do Nordeste de 2002, empate em 2 a 2 que deu o título, o Bi-campeonato da competição ao Bahia, lá dentro, em cima do maior rival. O clássico no campeonato do Nordeste de 2001, onde ganhamos por 4 a 1 na Fonte Nova, goleada não é um resultado que acontece toda hora. 
Meu primeiro clássico no Vitória também foi marcante, pelo fato de ser ídolo no Bahia e sair para jogar no maior rival, foi em 2006 e ganhamos por 2 a 1. Foi muito importante por conta da relação com o torcedor tricolor, como que a torcida se comportaria em relação a mim, e como eu me comportaria jogando contra o Bahia pela primeira vez atuando pelo maior rival", disse o ex-goleiro e atual comentarista esportivo na rádio Transamérica.

Emerson também comentou como foi para ele atuar nos dois grandes rivais de Salvador.

"Foi uma experiência maravilhosa por me dar a oportunidade de conhecer os dois clubes por dentro, as pessoas que fazem os clubes e também as torcidas, atuando a favor e contra. Então eu conheci bem os dois clubes, isso pra mim foi muito importante para as atividades pós carreira de atleta. Como comentarista, como gestor do Ypiranga-BA e algumas outras atividades no governo do Estado, na Prefeitura, na Copa América. E profissionalmente, como atleta, foi enriquecedor poder jogar nos dois maiores clubes do Estado. É uma situação que eu não imaginava, enquanto atleta do Bahia eu não imaginava jogar pelo Vitória. Mas aconteceu, e foi muito bom por todos esses aspectos que eu citei", destacou.

O ex-goleiro também revelou a felicidade em ter o carinho das duas torcidas rivais. 

"Conquistar o respeito e carinho das duas torcidas, primeiro que é uma situação muito difícil, não é qualquer atleta que joga nas duas equipes que têm um rendimento que agrade as duas e que seja lembrado pelas duas torcidas com carinho e respeito. E conquistar isso é sinal de que o trabalho foi bem realizado, tanto no Bahia quanto no Vitória. Isso me deixa muito feliz, porque o objetivo quando vim para o Bahia era fazer um bom trabalho e ser reconhecido. Quando foi para o Vitória, a ideia foi a mesma, representar o Leão da melhor maneira possível. Então esse reconhecimento do torcedor é sinal de que fui bem recebido. Sou extremamente feliz por ter alcançado esses objetivos. Volto a falar, não é simples nem fácil, não é qualquer atleta que consegue isso", afirmou Emerson Ferretti.

O ex-arqueiro que teve passagem marcante no Estado, onde acumulou inúmeros títulos pela dupla Ba-Vi. Recordista, é o goleiro que mais vezes atuou com a camisa do Esquadrão. Com a camisa tricolor, foi campeão baiano em 2011. Nesse mesmo ano, ganhou a Copa do Nordeste. Já em 2002, foi novamente campeão baiano pelo Esquadrão. Pelo Leão, Emerson foi campeão baiano pelo Vitória em 2007, e foi peça importante na subida do Vitória para a série B em 2006.

Emerson inciou sua carreira no Grêmio, onde fez parte do elenco campeão do campeonato Gaúcho de 1993 e a Copa do Brasil de 1994. Passou pelo Flamengo, onde foi campeão Carioca de 1996 e teve passagem pelo Juventude, onde conquistou mais uma vez a Copa do Brasil, em 1999. Fez história no Esquadrão entre 2000 e 2005, até que chegou ao Vitória em 2006, encerrando sua carreira em 2007.