"Não vejo perspectivas", diz ex-presidente sobre situação do Vitória

A crise instalada no Vitória com o péssimo desempenho do time nos primeiros cinco meses de 2014 não preocupa só os torcedores. Ex-dirigentes tem se mostrado decepcionados com os rumos do Rubro-Negro.

Em entrevista ao apresentador Zé Eduardo, o ex-presidente do clube, Ademar Lemos, mostrou pessimismo quanto à salvação do Leão em 2014. "É uma fase como há muitos anos não vejo o Vitória passar. Infelizmente não vejo perspectivas de sair dessa crise. Não adianta trazer Felipão, porque com esse time ninguém dá jeito", reclamou.

O ex-mandatário não perdoou os jogadores do elenco. "São jogadores de Série B, de time de Série B. Esses jogadores ai não deveriam estar vestindo a camisa do Vitória, um clube de Série A. Precisamos de pelo menos oito contratações de jogadores para serem titulares".

Lemos revelou ter conversado com Carlos Falcão e afirmou ter ouvido do atual presidente que o principal problema do Vitória é financeiro. "Conversei com Falcão, com José Rocha. O Falcão se pega na parte financeira, o clube está apertado. Mas, eu dei minha opinião a ele. É melhor gastar R$ 5 milhões agora do que ano que vem ter que gastar R$ 15 milhões para subir, pois esse time ai se estivesse na Série B não passaria da oitava, sétima colocação. O torcedor está abatido, sem reação. Estou preocupado com o que o torcedor está passando".

Ademar ainda afirmou que uma das causas para a dificuldade de salvação do clube foi a mudança feita no Conselho Deliberativo nas eleições de dezembro de 2013, quando Falcão foi eleito. "Na conversa com Falcão senti ele abatido, o que também me preocupou. Mas, infelizmente, com a mudança que fizeram no conselho tiraram muitas pessoas de bem, que poderiam estar ajudando, e colocaram garotos que só estão ali para bater palma. Só consegui conversar com Falcão porque mandei uma mensagem para ele oferecendo ajuda e ele me retornou a ligação. Estou sentindo o Falcão e o Epifânio como se estivessem nocauteados. A diretoria do Vitória precisa de ajuda e pessoas que poderiam ajudar não estão mais lá", concluiu.