FIFA solicita explicações sobre pagamento a empresário sem registro, levantando preocupações sobre a legalidade da negociação com Carlo Ancelotti.
Por Redação Galáticos Online
Publicado em 29/05/2025, às 20h00A Fifa notificou oficialmente a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e solicitou explicações formais sobre o pagamento de uma comissão de 1,2 milhão de euros (aproximadamente R$ 7,7 milhões) ao empresário Diego Fernandes, que atuou como intermediário na negociação para contratação do técnico Carlo Ancelotti. O ponto central da cobrança da entidade máxima do futebol mundial é o fato de Fernandes não possuir registro como agente licenciado, condição exigida pelas normas internacionais da própria Fifa.
A informação foi revelada inicialmente pelo portal UOL e confirmada pela ESPN. Segundo as apurações, Fernandes esteve diretamente envolvido nas tratativas com Ancelotti desde 2023, ainda sob a gestão de Ednaldo Rodrigues na presidência da CBF. O empresário viajou a Madri, participou de reuniões presenciais com o então técnico do Real Madrid e foi peça-chave na construção do acordo que resultaria na chegada do italiano ao comando da seleção brasileira.
A atuação de Fernandes está documentada no contrato firmado entre CBF e Ancelotti, o que motivou o questionamento da Fifa. De acordo com o Regulamento de Agentes da entidade, especificamente no Artigo 11 – “Disposições Gerais”, apenas agentes licenciados podem prestar serviços de intermediação em negociações de futebol. A legislação proíbe expressamente que indivíduos sem credenciamento oficial atuem como representantes, façam abordagens a potenciais clientes ou celebrem contratos de representação.
Apesar disso, Fernandes, que mantém proximidade com os bastidores da CBF desde 2022, foi escolhido por Ednaldo Rodrigues para representar a entidade nas tratativas com Ancelotti. Segundo fontes ouvidas pela ESPN, ele também teria contratado agências de comunicação na Europa e no Brasil com o objetivo de explorar sua imagem a partir da bem-sucedida negociação com o treinador.
Nos contratos, Fernandes garantiu cláusulas que previam o reconhecimento formal da CBF como seu papel de intermediário, além da autorização para uso e divulgação pública de imagens ao lado de Ancelotti em momentos-chave do processo — como o anúncio oficial, o embarque para o Brasil e a chegada ao Rio de Janeiro. Essas imagens, amplamente divulgadas nas redes sociais e na imprensa, reforçaram a presença do empresário no processo.
Curiosamente, o nome de Fernandes foi inicialmente omitido da nota oficial da CBF que anunciava Ancelotti como novo técnico da seleção. A omissão, no entanto, foi corrigida horas depois, quando a entidade atualizou o texto para incluir um agradecimento formal ao agente.
Agora, a Fifa aguarda as explicações da CBF para avaliar possíveis medidas diante da violação das regras. O caso levanta questões sobre a transparência e a regularidade das negociações envolvendo a seleção brasileira, em especial no que diz respeito ao cumprimento das normas internacionais de conduta e registro de agentes.
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