Jogador da seleção brasileira lembra passado no tráfico e se reinventa no esporte

Atual campeão brasileiro e da Copa Libertadores pelo Vasco da Gama, Lucão é uma peça-chave em busca do pentacampeonato na Copa do Mundo das Bahamas, que está sendo disputada nas areias de Nassau até o próximo domingo. Criado no bairro de Botafogo, no Rio de Janeiro, o jogador teve um passado sofrido e não tinha perspectivas de futuro, até ser descoberto em 2012 por Júnior Negão, ex-jogador e coordenador técnico do time carioca na época. Após perder a mãe, o carioca se envolveu com o tráfico de drogas e até em furtos, mas encontrou a redenção no esporte e hoje se tornou uma referência mundial. Titular do Vasco e do Lokomotiv de Moscou na Rússia.

(Foto: Divulgação/Fifa)

  "Eu ficava na rua fazendo besteira e não tinha expectativa de nada. A minha mãe ajudava um pouquinho como podia, mas não era o necessário. Aí eu consegui o convite do Júnior Negão, que me ajudou bastante. Ele foi o cara que abriu os caminhos para mim. Minha mãe faleceu quando eu tinha 18 anos. Meu pai nem me registrou, já faleceu também quando eu tinha quatro. Não conheci o meu pai, mas a minha mãe foi guerreira, com quatro filhos, e foi pai e mãe. A minha avó também ajudou. Fiquei sem chão quando perdi a minha mãe, aí tracei o caminho errado. Fiquei perdido. Fui fazer essas besteiras para ganhar um dinheirinho, para poder sair, ajudar a pagar as contas em casa e tudo mais. Eu tinha os meus irmãos que precisava ajudar", contou Lucão.