Ministério Público denuncia empresários e o presidente e três diretores da CBDA
Por Redação Galáticos Online (Twitter: @galaticosonline)
Publicado em 19/04/2017, às 16h49O Ministério Público Federal (MPF) denunciou hoje (18) por organização criminosa, peculato, fraude em licitação e falsidade ideológica o presidente deposto da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA), Coaracy Nunes, três diretores da entidade e quatro empresários ligados aos esportes.
De acordo com o MPF, eles são acusados de fraudar licitações para a compra de material esportivo com o uso de documentos falsos, que resultaram em desvio de mais de R$ 1 milhão em recursos do Ministério do Esporte para a CBDA, que posteriormente foram desviados para fins particulares dos acusados.
Os dirigentes foram denunciados também pela apropriação indevida de R$ 5 milhões em recursos repassados pelo Ministério do Esporte para investimentos no polo aquático. “Parte dos recursos deveria ter sido destinada, por exemplo, para a participação da seleção júnior, campeã sul-americana e pan-americana, que não foi ao Mundial do Cazaquistão, em 2015, apesar de a confederação ter recebido esse recurso”, destacou o MPF em nota.
O MPF também acusa os dirigentes de desviar R$ 100 mil do caixa da CBDA para a contratação de advogados criminais para a defesa deles no âmbito da Operação Águas Claras, que revelou o esquema.
Esta é a primeira denúncia criminal da operação, que apura desvios cometidos pelos cartolas da natação brasileira. Coaracy Nunes, Sérgio Alvarenga (diretor financeiro), Ricardo de Moura (diretor de natação) e Ricardo Cabral (diretor de polo aquático) estão presos preventivamente a pedido do MPF por ordem da Justiça Federal em São Paulo.
Procurada, a CBDA disse hoje que a denúncia não traz fatos novos e apenas formaliza acusações anteriores. Segundo a entidade, não há nada de novo no conteúdo divulgado hoje pelo MPF. A confederação diz considerar “estranho” que as prisões tenham ocorrido antes da denúncia.
A reportagem não conseguiu contato com o advogado de defesa de Coaracy Nunes, Marcelo Franklin. Em sua última manifestação, no dia 6, o defensor disse que as mesmas acusações usadas para justificar a prisão de Nunes já foram objeto de ação de improbidade administrativa envolvendo a CBDA. Segundo o advogado, em julgamento ocorrido no último dia 5, no Tribunal Regional Federal da 3ª Região, ficou decidido que não havia motivo “sequer” para afastar os dirigentes da entidade.
Também ficou determinado que o caso é de competência do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. “São as mesmas acusações penais. Causa surpresa e espanto que uma juíza de primeira instância tenha analisado o mesmo fato e as mesmas acusações e tenha decidido de forma tão díspar.”
Meia do Fortaleza entra no radar do Vitória; saiba quem
De férias, Bahia x Retrô-PE tem detalhes revelados pela CBF; confira
Vitória pode ser comprado? Marcone Amaral explica relação com os árabes que pode resultar na SAF do Leão
Vitória perde no Brasileirão Feminino, mas garante classificação
Daniel Barbosa anuncia saída do Movimento Vitória SAF; saiba motivo
Com valores milionários, saiba quando o Vitória ganhou com venda de atletas em 2025
Carpini 'quebra o silêncio' após rumores sobre saída de Matheuzinho do Vitória; confira