Entidade quer processar ginastas da seleção por injúrias raciais contra colega

Entidade quer processar ginastas da seleção por injúrias raciais contra colega

Imagem Entidade quer processar ginastas da seleção por injúrias raciais contra colega

Por Agência Brasil

Publicado em 22/05/2015, às 12h35

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A Educafro, entidade que oferece programas de educação para negros e pessoas carentes, apresentou queixa-crime na Polícia Federal contra os ginastas Arthur Nory, Henrique Flores e Fellipe Arakawa. A organização pede a abertura de inquérito policial para investigar injúrias raciais contra o também ginasta Ângelo Assumpção, e alega dano moral coletivo para a população negra no episódio.

Em vídeo divulgado na internet na semana passada, os três ginastas fazem comentários a respeito da cor da pele de Ângelo, que é negro. "Se o celular funciona, é branco. Se estraga, é preto. Saquinho de supermercado? É branco. Saco de lixo? É preto", disseram. Diante da repercusão, os atletas divulgaram outro vídeo, pedindo desculpas, com a presença de Ângelo.

“Exageramos e passamos dos limites”, escreveu Nory na descrição do vídeo. “A brincadeira teve uma proporção muito grande, negativa”, disse Henrique Flores. “Mas não tem problemas, a gente é amigo”, considerou Ângelo.

Para o diretor executivo da Educafro, frei David Santos, todos os negros do país foram ofendidos. “Nesse caso, ficou muito evidenciado, quando os três atletas tratam o povo negro como saco de lixo. Saco de lixo não é aquele menino só, mas todo e qualquer negro, na compreensão deles. Eu e todo e qualquer negro nos sentimos fortemente ofendidos com aquele tratamento”, disse o diretor da Educafro.

A entidade solicita uma indenização que corresponde ao valor de 50 bolsas de estudo para jovens carentes, que seria paga pelos atletas. Segundo Santos, a Educafro deve enviar, na próxima semana, representações à Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial (Seppir) e à Procuradoria Federal dos Direitos dos Cidadãos (PFDC), ligadas ao Procuradoria -Geral da República (PGR) para que investiguem o caso.

“Na ação que vamos entrar na semana que vem queremos provar que nós negros nos sentimos ofendidos com a atitude dos três jovens na brincadeira com aquele ginasta, que ali representava toda a comunidade negra nacional”, afirmou Santos.

Na última quarta-feria (20), a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) anunciou o afastamento dos três atletas, a partir de hoje, por 30 dias ou até que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STDJ) da ginástica tome decisão final. Eles deixam a seleção e não podem participar de eventos nacionais e internacionais e param de receber, no período, as bolsas e incentivos financeiros ofertados pela confederação.

A Seppir informou que acompanha o episódio. A PFDC ressaltou que todo cidadão pode encaminhar denúncias de dano moral coletivo à Procuradoria. A CBG não se pronunciou sobre a denúncia da Educafro.

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