Corinthians: Próximos passos no processo de impeachment de Augusto Melo

Após a tumultuada suspensão da reunião do Conselho Deliberativo do Corinthians na última segunda-feira (20), que decidiria sobre o impeachment do presidente Augusto Melo, as atenções estão voltadas para os próximos capítulos desse imbróglio político no Parque São Jorge. A votação inicial, que aprovou a admissibilidade do processo por 126 votos a 114, foi interrompida por volta das 23h30, em meio a muita confusão e polêmica, e uma nova data já está sendo aguardada.

Segundo informações, o presidente do Conselho Deliberativo, Romeu Tuma Jr., deve convocar uma nova reunião para a próxima segunda-feira (27). Durante essa nova sessão, conselheiros ausentes na última votação poderão participar, e será necessário que a maioria vote novamente pelo "sim" para que o processo de impeachment seja oficialmente instaurado. Até lá, Augusto Melo segue no comando do clube.

Entenda o processo de impeachment  

O processo contra Augusto Melo está relacionado a investigações sobre um suposto esquema de lavagem de dinheiro envolvendo o contrato de patrocínio com a empresa Vaidebet, atualmente sob apuração da Polícia Civil. Caso o impeachment seja aprovado na próxima reunião do Conselho, o estatuto do Corinthians prevê uma série de passos para definir o futuro da presidência.

O primeiro deles é a posse interina do 1º vice-presidente, Osmar Stábile, que assumiria o cargo imediatamente. Stábile teria então até cinco dias para convocar uma Assembleia Geral dos Sócios, responsável por referendar ou não a destituição de Augusto Melo. A decisão final sobre o afastamento caberá a essa Assembleia, que decidirá por maioria simples.

 E se a Assembleia Geral aprovar o impeachment?  

Se os sócios decidirem pela saída de Augusto Melo, Osmar Stábile permanecerá como presidente interino e será responsável por convocar o Conselho Deliberativo para eleger, de maneira indireta, um novo presidente que concluirá o mandato até 2026. O estatuto do clube não estabelece prazo para a convocação dessa Assembleia Geral, o que dá margem para manobras políticas e prolongamento do processo.