Denunciado, Egídio pode pegar gancho de até 12 jogos

O Vitória pode perder o volante Egídio para a segunda partida da semifinal do Campeonato Baiano, diante do Camaçari. Mas a verdade é que o prejuízo podia ser maior. No jogo contra o Bahia de Feira, ainda pela primeira rodada das quartas de final, além de Egídio expulso, Neto Berola também deixou o gramado mais cedo após levar dois amarelos. Porém, apenas o primeiro responderá a denúncia no Tribunal de Justiça Desportiva da Bahia (TJD/BA).

Egídio será julgado na próxima terça-feira, dia 13 de abril, pela Terceira Comissão Disciplinar, em sessão às 18h, e a acusação que pesa sobre ele é de agressão física a um adversário, podendo resultar em uma suspensão pesada para o jogador caso esse também seja o entendimento da maioria dos auditores.

O árbitro Jaílson Macedo de Freitas, que apitou a partida vencida pelo Bahia de Feira por 2 a 0, relatou em súmula que Egídio foi expulso aos 17 minutos do primeiro tempo “após atingir com um chute o rosto do seu adversário, Glaydstone, na disputa de bola”. O atleta do time mandante recebeu atendimento médico, deixando o campo e retornando posteriormente.

A Procuradoria enquadrou o jogador no artigo 254-A (praticar agressão física) do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Apesar de estar garantido para o jogo em Camaçari no próximo domingo, Egídio pode perder o restante do campeonato caso leve mesmo a pena mínima, que é de quatro jogos de suspensão. A máxima é de 12 partidas de gancho. Só resta ao atleta obter a absolvição ou a desclassificação da infração para um artigo com pena mais branda.

Ainda no documento do mesmo jogo, o árbitro relatou a expulsão de Neto Berola e Jefferson, este último do Bahia de Feira. Mas por entender que a expulsão se deu por dois amarelos em jogadas normais, o procurador Gustavo Cunha decidiu não denunciar os dois atletas.

Em caso semelhante no STJD, envolvendo o jogador Ariel, do Coritiba, a Procuradoria teve que, posteriormente, denunciar o jogador, o que não havia feito de forma deliberada anteriormente. Assim, Neto Berola e Jefferson ainda não estão totalmente livres das consequências pela expulsão.