Michel Bastos diz que atrasos salariais não prejudicarão o futebol do Sport na reta final da Série A

Fazendo uma campanha de recuperação após a chegada do técnico Milton Mendes, o Sport tem um confronto direto importantíssimo na noite desta quarta-feira (14). O leão pernambucano entra em campo às 20h45 (de Salvador), na Ilha do Retiro, para enfrentar a equipe do Vitória num jogo de seis pontos na luta contra o rebaixamento.

Mas apesar de viver um momento de recuperação no Brasileiro, o time de Recife segue sofrendo com atrasos salarias. Em entrevista, o meia Michel Bastos, que tem seus salários pagos pelo Palmeiras, clube ao qual pertence, falou sobre o impacto desses atrasos no clube.

“Nunca passei por uma situação dessa, não vou mentir. Passo junto com os atletas essa situação. Mesmo sabendo que sou pago pelo Palmeiras, mas vejo os funcionários, mesmo com os salários atrasados, vindo, trabalhando e nos ajudando. A gente depende deles. Sem os funcionários, sem o pessoal que trabalha dentro do clube, a gente não tem uma roupa limpa, uma chuteira própria para trabalhar, a gente não consegue se alimentar já que tem os cozinheiros. São pessoas que amam o clube de coração e vêm aqui todo dia. Lógico, sabendo dessa necessidade que a gente depende de dinheiro para sobreviver, e os atletas têm consciência que mesmo com essa situação difícil, é o nosso trabalho. Então a gente não pode relaxar”, falou.

Mesmo com muitas vendas de atletas como Diego Souza, André e Everton Felipe, o Sport vem convivendo há algum tempo com problemas financeiros. Tanto que no balanço do ano de 2017, o clube alegou um déficit de R$ 18 milhões. Mas apesar de tudo isso, Michel garante que isso não irá atrapalhar o time em campo.

“A gente convive com isso já tem um bom tempo, não é de agora e resta menos de um mês para o campeonato acabar. Lógico que melhor são as coisas entrando nos eixos e o clube tentar da maneira possível quitar suas dívidas, mas esse problema não vem de agora e isso dentro de campo nunca foi um problema para o nosso grupo. É um grupo que vive muito bem, jogadores muito profissionais que respeitam seu trabalho e isso não vai mudar”, finalizou.