Dedicação exclusiva no Bahia: conselheiro denuncia e vice-presidente se defende

Além dos péssimos resultados do Bahia em campo, o vice-presidente do clube, Pedro Henriques, já tem outro problema para administrar. De acordo com o conselheiro Adriano Fonseca, o dirigente não estaria tendo dedicação exclusiva no cargo diretivo que ocupa no Fazendão.
A discussão é baseada no capítulo V do Estatuto do Esporte Clube Bahia. "Os membros da diretoria executiva deverão exercer suas funções com dedicação exclusiva ao Esporte Clube Bahia", relata trecho do documento.

Baseado nessa informação, o conselheiro Adriano Fonseca, confirmado em ATA de Reunião Extraordinária do Conselho Deliberativo do Bahia, realizada no dia 28 de fevereiro de 2015, solicitou informações do vice-presidente, Pedro Henriques, dos seus afastamentos de sua sociedade. O dirigente teria informado que já teria deixado a administração do escritório onde advogava e que está se dedicando exclusivamente ao clube, tendo, inclusive, deixado o trabalho na faculdade em que lecionava.

No entanto, em uma pesquisa realizada junto a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), o nome de Pedro Henriques ainda consta como sócio da SAMPAIO, HENRIQUES, MACHADO, MARTINS E GLICERIO ADVOGADOS, conforme documento abaixo:

Em contato com a equipe do Galáticos Online, Pedro Henriques se defende das acusações. "Logo depois de eleito, assinei alteração do contrato social através da qual eu deixei de ser sócio administrador. Mas uma coisa eu deixo clara: continuo sendo sócio nominal. Apenas, não trabalho mais, inclusive, não recebo pro labore. A dedicação exclusiva não me impede de ser sócio ou acionista de outros negócios, apenas, me impede de trabalhar", revela o vice-presidente do Bahia.

Vale ressaltar que, durante o período eleitoral no Bahia, o grupo que apoiou a eleição de Marcelo Sant’Ana e Pedro Henriques criticou a participação do candidato à presidência do clube, Antônio Tillemont, por participar de uma sociedade de uma empresa de futebol.