CFG possui 90% da SAF do Esquadrão de Aço
Por Douglas Santana / BNews
Publicado em 27/10/2024, às 11h00Atualmente o Bahia tem sua gestão de futebol comandada pelo Grupo City, que detém 90% da SAF do Esquadrão. Contudo, até a negociação ser firmada em maio do ano passado, muita coisa aconteceu e a negociação para convencer o conglomerado internacional a investir no Tricolor de Aço não foi fácil.
O ex-presidente do Bahia, Guilherme Bellintani revelou detalhes de como fez para trazer o Grupo City ao Esquadrão de Aço. Inicialmente, o conglomerado que controla o Manchester City não queria investir em uma equipe de massa no futebol brasileiro.
"Eu fui na cara de pau. Foi ótimo! Na verdade, eu primeiro contatei o Cadu, que hoje é diretor esportivo do Bahia, e o Cadu me falou: 'Não tem chance, o City já está avançando com um clube no Brasil e está bem avançado, acho muito improvável...'. Eu até desconfio qual seja o clube, mas não vou falar porque... Mas era um clube menor, não era um clube de Série A do futebol brasileiro", iniciou Bellintani, em entrevista à ESPN.
O ex-dirigente do Bahia, que agora comanda a empresa Squadra Sports – dona do Londrina e parceira do Ypiranga - foi entrevistado no programa “Bola da Vez”, dos canais ESPN.
"E eu falei: 'Cadu, me dá só uma chance de explicar o que é o Bahia e de como eu acho que é uma burrice do City comprar um clube que não seja um clube de massa no Brasil'. Até para o processo de formação, não é só como negócio, formação de atleta. Se você quer um atleta que jogue no City, você tem que aprender, ele tem que ser pressionado pela torcida no Brasil. Não tem jeito. Isso faz parte do processo de formação de um jogador", completa.
Apesar da recusa de Cadu Santoro, atual Diretor de Futebol do Bahia, Guilherme Bellintani usou da insistência para convencer de vez o Grupo City a investir no Bahia.
"Fui chateando, WhatsApp, mensagem, não sei o quê. E aí depois ele falou: 'Olha, tá bom, seu chato... Eu vou te colocar para conversar com a pessoa'. Foi engraçado porque foi uma conversa rápida do tipo: 'Alô, sim, diga, sabe?'. E, no final da conversa, ele falou: 'Não, tá bom, ok, eu volto a te contatar'. Uns 15 dias depois eu falei: 'Olha, completaram aqueles 15 dias que você disse que ia contatar, estou por aqui, qualquer coisa...'. Mandei já uma apresentação do Bahia", revela.
A venda foi encaminhada no fim de 2022, após aprovação em Assembleia Geral de Sócios. Hoje, o conglomerado internacional é dona de 90% da Sociedade Anônima do Futebol (SAF), do Esquadrão.
"Conseguimos, talvez um mês e meio depois disso, ter uma conversa um pouco mais estruturada. Que já passou do 'vou ouvir o que você está falando por educação' para 'deixa eu ver o que esse cara está falando aqui', sabe? Aí ele falou assim: 'Você consegue me mandar as informações básicas do Bahia?'. Eu falei: 'Consigo. Me dá um e-mail.' Em 24 horas estava o e-mail com seis anos de auditoria do clube, balanço, aprovação de contas, dívida controlada e dito quanto a gente deve de quê, enfim, todas as atas de aprovação das contas, tudo redondo como a gente tinha no clube", conta Bellintani.
E finaliza: “O clube devia bastante, mas a gente conhecia a dívida, sabia quanto era, estava cumprindo dessa, dessa e dessa forma. E já mandei também uma tese: por que comprar um clube no Nordeste e não em São Paulo? Ou no Rio? Eu defendi isso, porque o Nordeste é mais barato".
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