"A equipe jogava cada vez melhor", aponta Paiva dois meses após deixar comando do Bahia

Após sua saída do comando técnico do Bahia, o treinador Renato Paiva quebrou o silêncio, dois meses depois de renunciar o cargo, e revelou que não teria sido demitido pelo Grupo City, detentor da SAF do clube baiano. O técnico que enfrentou momentos turbulentos desde sua chegada ao clube expressou a sua sensação após a saída do cargo, comentando que o Tricolor estava em evolução na reta final da sua era comandando o Esquadrão.

"A minha sensação é que o Bahia estava em evolução quando saí. Era visível que a equipe jogava cada vez melhor. O Bahia era a sexta equipe, entre 20, que menos chutes a gol concedia ao adversário. E era a quinta com mais finalizações. Ou seja, em termos coletivos, havia um trabalho, uma ideia. No Brasil, porém, só se olha para os resultados. E, de fato, os resultados não eram bons", afirmou Paiva, destacando a melhoria no desempenho coletivo da equipe, apesar dos resultados adversos.

O técnico ressaltou que, apesar das adversidades, não havia qualquer ameaça de demissão por parte do Grupo City, e ele sentiu "muita confiança e apoio vindos de Manchester." Em entrevista, o comandante destacou a complexidade de trabalhar em um clube pertencente ao Grupo City, apontando que existem diretrizes e orientações específicas a serem seguidas, incluindo parâmetros definidos para o estilo de jogo.

Renato Paiva também abordou a questão da relação com a torcida, mencionando que em alguns momentos sentiu falta de respeito por parte dos torcedores. Ele enfatizou que a metodologia de trabalho no Bahia estava alinhada com as diretrizes do Grupo City, mas a cultura brasileira, por vezes, prioriza apenas os resultados, sem considerar o desenvolvimento do time.

Contratado em dezembro de 2022, o início da sua passagem foi marcado por resultados decepcionantes que abalaram a relação com a torcida, como as derrotas por 3 a 0 para o Fortaleza, na Arena Fonte Nova, e um impressionante placar de 6 a 0 para o Sport.