Insatisfeitos com os salários atrasados, os jogadores da Ponte Preta foram ao CT Jardim Eulina nesta quarta-feira (13), mas não chegaram a ir a campo para treinar. Após uma reunião entre eles, os atletas decidiram realizar um protesto e abandonar o CT sem realizar atividades.

De acordo com informações do GE.com, os jogadores não recebem há três meses o direito de imagem, ainda não receberam férias, decimo terceiro, premiações e nove de dez parcelas de um acordo que o clube fez durante a paralisação das competições por conta da pandemia.

O presidente da Ponte Preta, Tiãozinho, concedeu entrevista no Centro de Treinamento e se posicionou sobre o caso.

"Não consideramos que estamos diante de uma greve, de uma rebelião ou de um motim. De forma legítima, os atletas estão buscando a melhor forma de encontrar uma solução do passivo trabalhista que temos com atletas e funcionários. Estamos fazendo todos os esforços para resolver. Durante todo o ano de 2020, a Ponte pagou rigorosamente em dia, e até antecipado, os salários da CLT. Foi a primeira vez em 12 meses que estamos com atraso de quatro dias no salário da CLT. Quero focar na solução, tem toda uma mobilização, um esforço. Hoje os jogadores apresentaram uma proposta para tentar construir um acordo. É em torno disso que vamos buscar uma resolução o mais rápido possível, porque a rodada de ontem manteve as chances de acesso, ainda que remotas. Temos um jogo que novamente pode ser decisivo contra o Náutico. O campo está oferecendo essa oportunidade de novo. Precisamos convencer os jogadores disso e, fora das quatro linhas, cabe à diretoria a responsabilidade de buscar a solução o mais rápido possível. Não estamos de braços cruzados fingindo que o problema não existe", disse o presidente da Ponte Preta.