O técnico do Bahia, Rogério Ceni, admite pressão e busca reverter jejum contra o Flamengo.
Letícia Martins / EC BahiaPor Redação Galáticos Online
Publicado em 11/05/2025, às 15h00Na noite deste sábado (10), o Bahia foi derrotado pelo Flamengo por 1 a 0 no Maracanã, em partida válida pela oitava rodada do Campeonato Brasileiro. Com gol de Arrascaeta, os cariocas garantiram mais três pontos e ampliaram o incômodo retrospecto do técnico Rogério Ceni contra o Rubro-Negro: agora são 16 jogos e 16 derrotas do treinador diante do ex-clube.
Ceni optou por um time alternativo, pensando no duelo decisivo contra o Atlético Nacional, pela Libertadores, marcado para esta quarta-feira, na Colômbia.
A estratégia, porém, não surtiu efeito no placar, ainda que o treinador tenha defendido as escolhas feitas. “As escolhas têm relação com quarta-feira e com o elenco que foi montado. Não seria fácil com o Flamengo aqui de maneira alguma”, explicou na entrevista coletiva.
Desfalcado de jogadores importantes como Ademir, os dois laterais-direitos lesionados e o atacante Erick, suspenso, o Bahia teve de improvisar Nico como lateral. Para compensar, Ceni escalou Rezende no meio-campo e apostou em Lucho González para dar mais energia ao time. “No começo do jogo suportamos bem a pressão, com exceção do lance do gol”, avaliou.
Apesar da derrota, Ceni destacou que a prioridade foi preservar atletas para o confronto continental. “Pela primeira vez na temporada perdemos dois jogos seguidos, mas tivemos que arriscar para ter o time melhor fisicamente na quarta-feira”, justificou. O Bahia lidera seu grupo na Libertadores e pode garantir vaga antecipada às oitavas de final com uma vitória.
Sobre o jejum contra o Flamengo, Ceni foi direto: “Incomoda bastante, sim. É extremamente desagradável. Mostra a força que o Flamengo tem. Vamos trabalhar para no jogo de volta colocar fim nessa estatística.”
O técnico também comentou a fase do jovem Lucho, que não marca há algumas partidas. “É um menino que trabalha muito todos os dias. A ausência do gol é que chama atenção. Vamos ter calma, é um garoto, um pouco de paciência”, pediu.
Mesmo com a expulsão de um jogador do Flamengo no fim da partida, o Bahia não conseguiu aproveitar a vantagem numérica. Segundo Ceni, o cansaço pesou. “Depois de correr 85 minutos atrás do Flamengo a gente já estava cansado”, afirmou, criticando também a arbitragem pelo pouco tempo de acréscimo.
Na coletiva, o treinador fez questão de justificar o posicionamento tático da equipe e reforçar que o elenco, apesar das limitações, está sendo bem administrado. “Não acho que o elenco é curto. As lesões atrapalharam. A tendência é a cada ano crescer. Não dá para fazer tudo ao mesmo tempo.”
Por fim, questionado sobre o jovem Kauã Davi, Ceni explicou a ausência do jogador. “É um menino nota dez, trabalha todos os dias. Mas o Erick me entrega mais que ele. O Nico, com mais experiência, está mais preparado para esse jogo”, concluiu.
O Bahia volta a campo na próxima quarta-feira, às 19h (de Brasília), contra o Atlético Nacional, em Medellín. A expectativa é de que o time titular esteja mais descansado e pronto para buscar a classificação antecipada na Libertadores.