Quer goste, ou não, é impossível negar que o recurso do árbitro de vídeo, o VAR, tem sido um dos assuntos mais debatidos durante essa Copa do Mundo da Rússia. A inovação tecnológica tem gerado muita polêmica, e muitos dos que se dizem contra o recurso, justificam que ela consome muito tempo da partida. Mas será que esse argumento é mesmo válido? Tudo indica que não.

Um site norte-americano, o FiveThirtyEight, conhecido por fazer diversas análises estatísticas, realizou um levantamento para tentar identificar quais as situações que mais deixou os jogos parados nas duas primeiras rodadas do Mundial da Rússia. Além disso, eles também avaliaram quanto tempo de acréscimo deveria ter sido dado.

Segundo o levantamento, não foi o VAR, mas sim as faltas quem mais pararam o futebol nessas primeiras rodadas, com média de 10 minutos e 29 segundos por partida, o que dá 10,8% do total de um jogo. Já as revisões do árbitro de vídeo, gastaram a média de apenas 31 segundos por jogo, dando apenas 0,5% do total dos 90 minutos. Ou seja, num quadro comparativo, o VAR interrompeu menos que 5% do tempo que as faltas.

Além disso, outras ações que ficam na frente do VAR no tempo de interrupção dos jogos são os laterais, que consomem em média 7 minutos e 50 segundo por jogo; os tiros de meta, com média de 6 minutos e 3 segundos; além de 4 minutos para escanteios e lesões; 3 para substituições; e outras ações como cartões, discussões e pênaltis que também interrompem os duelos mais do que o recurso de vídeo.

Por fim, a análise também apontou que a média de acréscimos nas duas primeiras rodadas, somando primeiro e segundo tempos, foi de 6 minutos e 59 segundos. Pelos cálculos, levando em consideração o tempo considerado normal de bola parada, como reposições de bola numa falta ou tiro de meta, por exemplo, o tempo médio de acréscimos deveria ser de 13 minutos e 10 segundos, ou seja, quase o dobro do que foi dado.

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