Dos três jogos da Seleção Brasileira que tive a oportunidade de acompanhar até agora, gostaria de registrar que o de Durban me deixou mais satisfeito. Não falo do jogo em campo, mas do estádio Moses Mabhida, que foi construído em pouco mais de três anos, custou quase R$ 700 milhões e é muito confortável, uma organização de dar inveja. Não que os estádios da capital Johannesburgo sejam ruins, pelo contrário, mas o de Durban é completo.

O nome “Moses Mabhida” é uma homenagem a um dos maiores combatentes do Apartheid, morto em 1986, vitima de infarto.

Inaugurado em 29 de novembro de 2009, o estádio de Durban fica a beira do oceano indico, tem capacidade para 70 mil pessoas durante o mundial, porque depois será reduzido para 54 mil. A grande vantagem é que o Moses Mabhida pode ser aumentado para uma capacidade de até 84 mil torcedores para abrigar um outro evento de grande porte.

Durban é a capital do turismo sul-africano e conta agora com mais uma atração: o estádio Moses Mabhida. Trata-se de uma construção arrojada, com um arco gigante de onde pode se ter uma vista panorâmica da cidade. O elevador só funciona quando não há jogos. É um orgulho do povo que comenta a todo instante sobre o projeto desenhado por arquitetos alemães, que necessitaram de três empresas para levar adiante a empreitada.

Muita gente ainda se manifesta de forma contrária a demolição da Fonte Nova, em Salvador, mas depois de conhecer o estádio Moses Mabhida, construído no local do antigo King Park, demolido em 2006, não há como ficar contra a construção de um novo estádio na capital baiana colocando abaixo a Fonte Nova, que tantas emoções deu aos torcedores baianos. É outra história quando se tem a oportunidade de substituir uma estrutura ultrapassada por um equipamento de última geração.