"Eu tenho que nascer de novo". Foi assim que o superintendente da Sudesb e ex-jogador Bobô respondeu quando perguntado sobre o que pensa sobre o salário de R$ 200 mil por mês do meia Zé Roberto, do Bahia.

 

Gravada em 23 de maio último, a entrevista de Bobô ao Galáticos Online inaugurou o programa Linha do Tempo, apresentado pelos jornalistas Aurelio Nunes e Thiego Souza. 

 

Bobô reconhece o direito do atleta de pedir quanto acha que deve ganhar" e entende que a responsabilidade pelo prejuízo é da diretoria, que, em sua opinião, cria um conflito dentro do próprio grupo ao manter no elenco um jogador com péssima relação custo-benefício.

Contratado no início da temporada, Zé Roberto atuou apenas 17 vezes pelo Tricolor, a maior parte iniciando as pasrtidas como reserva. Não marcou nenhum gol e ainda foi suspenso por oito jogos por agredir um árbitro, pena que foi reduzida e convertida em pagamento de cestas básicas. 

 

Além de abordar o panorama atual do Bahia, Bobô relembrou fatos marcantes de sua carreira, desde o início, na Catuense, passando pela fase áurea no Bahia, onde sagrou-se campeão brasileiro, ganhou troféu Bola de Prata como melhor jogador do Brasileiro de 1988 (que se repetiria no ano seguinte, pelo São Paulo) e tornou-se o primeiro jogador do clube a ser convocado para a Seleção Brasileira.

"Aquele grupo já estava fechado entre o Lazaroni, a CBF e a maioria de jogadores cariocas. Felizmente, isso não acontece mais", disse o craque, sem esconder sua mágoa por não ter sido chamado para compor o grupo que disputou a Copa de 1990.

 

As contusões que abreviaram a carreira e o título do Nordestão de 2002, como treinador, também entraram no cardápio do bate-papo de quase uma hora de duração, entremeado por imagens históricas da trajetória do ídolo. 

Veja entrevista completa: