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Sofrimento vira a marca do Vitória na temporada 2012

Autor(a): Yuri Barreto, do Galáticos Online em 24 de Novembro de 2012 17:44

O quarto lugar ficou muito aquém do esperado para um time que disputou o título a maior parte da competição, mas nenhuma conquista poderia ter mais a cara do Vitória que o acesso de 2012. A dramaticidade do empate por 1 a 1 com o Ceará foi uma síntese mais que perfeita dos altos e baixos que marcaram a campanha do Vitória na temporada. 

Após a frustração de ter perdido o acesso em casa, em 2011, nos últimos cinco minutos da partida contra o São Caetano, o torcedor do Vitória iniciou 2012 desconfiado. Entre protestos contra a diretoria e apoio ao time em campo, a perda do título estadual para o rival Bahia, que encerrou o inédito  jejum de uma década sem títulos tricolores, aumentou ainda mais a pressão sobre o elenco rubro-negro, que passou a enxergar a conquista do acesso à Série A como a tábua de salvação da temporada.

Logo na estreia na Série B, o Vitória venceu o Barueri, fora de casa, pelo placar mínimo. Apesar de o adversário ter mostrado fragilidades, iniciar com uma vitória longe de Salvador, o que não foi muito comum nas temporadas anteriores, animou os rubro-negros apaixonados.

 
Em seguida, o Leão sofreu a primeira derrota, para o Criciúma, empatou com o América (RN) e voltou a vencer, com goleada sobre o Ipatinga, até a chegar à 5ª rodada. O triunfo sobre o Boa Esporte, no quinto jogo do Leão na competição, iniciou uma sequência que parecia entrar para a história.
 
Foram 13 triunfos, um empate e apenas uma derrota nos em 15 jogos subsequentes. A campanha fez o time baiano terminar o primeiro turno com 44 pontos, maior pontuação já alcançada na história dos pontos corridos no Campeonato. Superou clubes como Corinthians e Portuguesa, que venceram a Série B com campanhas até então consideradas históricas.
 
Mas, quando torcedores já preparavam faixas de campeão e e discutiam sobre a colocação, ou não, da estrela de prata no uniforme, o Vitória resolveu aprontar uma daquelas. Logo no início do segundo turno, foram três empates seguidos, diante de América (RN), Criciúma e Ipatinga.

 
Mas, as vitórias sobre Barueri, Boa Esporte, Goiás, Avaí, ABC e o empate com o Guarani pareciam que iriam afastar o fantasma de 2011 e manter o rubro-negro na ponta. Até que, no dia 13 de outubro, o Paraná surgiu como uma pedra no sapato do Leão. A derrota para o tricolor paranaense por 3 a 1 tirou, depois de 11 rodadas, o Vitória da Liderança da Série B. O Criciúma, principal adversário durante todo o certame, assumiu a dianteira com a goleada sobre o Boa Esporte por 4 a 0.

No jogo seguinte, mesmo sem apresentar o bom futebol do primeiro turno, venceu o modesto ASA no Barradão, por 2 a 0. Mas, o que já era desconfiança para torcida, se tornou realizados nas rodadas seguintes. Foram quatro jogos com quatro derrotas, para Atlético (PR), CRB, São Caetano e Bragantino, que culminaram em duas trocas de técnico.
 
No revés ante o Furacão, em 20 de outubro, Paulo César Carpegiani não resistiu ao resultado negativo em casa. O comandante, que apesar de ter sido um dos responsáveis pela bela campanha do primeiro turno já não gozava de uma boa relação com grande parte do elenco, foi demitido do cargo.
 
Em seu lugar, assumiu um antigo conhecido da torcida, o auxiliar Ricardo Silva. Porém, sua passagem pelo comando técnico durou apenas duas partidas. A goleada para o time de Bragança Paulista (3 a 0), que se encontrava na zona de rebaixamento, fez com que os dirigentes antecipassem suas férias. Um final de semana trágico para o elenco rubro-negro, que começou com as agressões sofridas no Aeroporto de Salvador, antes do embarque para São Paulo, e terminou com a segunda troca de comando em duas semanas.
 
Como terceiro treinador da equipe, assumiu PC Gusmão, que havia entregado o cargo no Ceará. Com a motivação como sua principal aliada, o novo técnico melhorou o ambiente e já levou o time para uma goleada sobre o América (MG), na sua estréia, por 5 a 3.
 
No entanto, os problemas voltaram a aparecer na rodada seguinte. A derrota para o Guaratinguetá, outro integrante do Z-4, deixou o Vitória na quarta colocação, ameaçado pelo São Caetano. Para piorar, o clima afora de campo continuava tenso. Depois de crises com a torcida e a diretoria, o capitão Uelliton foi inicialmente afastado e terminou dispensado antes do final da Série B.
 
O empate em 1 a 1 com o Joinville, no último sábado (17), manteve o Leão na quarta colocação, mas com a vantagem de só depender das suas forças. Pra ser exato, dependia apenas de um empate em casa, isso se o Azulão vencesse. E foi exatamente o que o Vitória fez: a conta exata, nem mais, nem menos. Para alívio dos 35 mil fanáticos que lotaram o Barradão e, desta vez, saíram de lá felizes da vida.
 

Fotos: Divulgação e Bocão News


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