Algumas declarações de jogadores do Vila Nova, após a derrota para o Náutico, por 4 a 1, neste sábado, devem causar muitas polêmica nos próximos dias. Isso porque o zagueiro Leandrão e volante Adílson deixaram a entender que houve um “acordo de compadres” entre o Timbu e o Vila, que lutavam contra o rebaixamento.

 

“Nem gosto de comentar muito isso aí. Foi um assunto combinado e infelizmente fizeram uma trairagem com a gente”, disparou Adilson. "Foi coisa de moleque dele", esbravejou Leandrão, sem citar nomes.

O lance que começou a causar a discórdia entre as equipes começou, minutos após o gol de empate do Náutico. o Leandrão, do Tigre, teria cobrado uma falta para fora a pedido de Jeff Silva, do time pernambucano. Àquela altura, ambos estavam escapando da degola com o empate.

 

A revolta, no entanto, só veio acontecer a partir da virada alvirrubra, aos 25 minutos do segundo tempo. Leandrão chegou a partir para cima do atacante Bruno Meneghel, autor do gol, como se estivesse “cobrando” algo do rival.

 

Nos minutos seguintes, uma sucessão de desentendimentos entre jogadores dos dois times aumentaram ainda mais a suspeita. O zagueiro Mimica, do Vila, se estranhou com o meia Érick Flores e os dois acabaram expulsos.

 

Pouco tempo depois, foi a vez do meia David dar uma forte entrada de Jeff Silva, que não “levou desaforo para casa” e trocou empurrões. Resultado: os dois também receberam o vermelho, deixando o Timbu com nove atletas e os goianos com apenas oito.

 

A série de acontecimentos e declarações devem parar Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), uma vez que pode ser caracterizada como manipulação de resultados. Caso isso ocorra, segundo o artigo 242 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD) os acusados podem ser até eliminados e receber uma multa de até R$ 100 mil.