Em entrevista exclusiva à Equipe dos Galáticos, na noite desta sexta-feira (19), o interventor Carlos ratis, do Bahia, confirmou o pagamento dos salários atrasados de alguns funcionários do clube. Segundo o advogado, foi preciso antecipar cotas de patrocinadores para começar a sanar as dívidas.
 
"De ontem para hoje conseguimos adiantar contratos comerciais e fomos pagando os casos emergenciais. Conseguimos pagar a folha de funcionários que recebem até R$ 5 mil, resolver o problema das Divisões de Base", disse.
 
Porém, o profissional revelou que os atletas e funcionários com salários maiores seguem com seus vencimentos atrasados. "Não conseguimos pagar os que recebem mais, mas conseguimos pagar a bonificação da vitória sobre o São Paulo. Esperamos pagar, na próxima semana, o restante dos funcionários. Entrou qualquer valor, vamos efetuando os pagamentos".
 
Ratis ainda falou sobre sua postura no comando do Tricolor. Apesar dos inúmeros boatos, ele garantiu que não interfere no futebol. "Estamos lá para ajudar e não vamos nos meter no Departamento de Futebol. Quem manda lá é o professor Anderson Barros e o Cristóvão. Não mantivemos nem contato com os jogadores, pois nossa função lá é outra. Agora, se alguém nos procurar, estaremos à disposição".
 
Já sobre a redução no valor do título de associação ao Esquadrão de R$ 300 para R$ 10, o advogado afirmou que não era possível continuar nos moldes da gestão do ex-presidente Marcelo Guimarães Filho. "O valor de R$ 300, num país em que o salário mínimo está entre R$ 600 e R$ 700, é impraticável. Além disso, o Bahia tem uma lista de apenas 500 sócios pagantes. Nessa semana já teremos ideia de quando a assembleia geral será realizada".
 
Para encerrar a entrevista, Ratis mandou um recado àqueles funcionários que abandonaram o clube desde o início da intervenção e não estão comparecendo para cumprir suas obrigações. "Tem funcionários que estão faltando, são do RH, financeiro. No próximo mês, terão seus  salários descontados".