Demitido do São Paulo no mês de junho o treinador Emerson Leão comentou pela primeira vez sobre o episódio envolvendo o zagueiro Paulo Miranda, que foi tirado da concentração antes de uma partida da equipe, irritando muito o técnico.

 

Sobre o caso Paulo Miranda, o treinador defende o zagueiro e critica a postura da diretoria. “A ingerência dele foi ter tirado da concentração. Uma coisa vocês não sabem: ele disse que o Paulo não jogaria mais. Que não era jogador qualificado. Foram eles que compraram, não eu. O João Paulo [Jesus Lopes, vice-presidente de futebol] me falou: cheguei à conclusão que ele não é jogador para nós. Não vai jogar mais, vai ser igual ao Juan [lateral-esquerdo, hoje no Santos]. Depois voltaram atrás pelo peso dos comentários e ele voltou a ser titular. Foi um fato desagradável. Me posicionei ao lado do jogador”, lamentou ao UOL.

 

Segundo Leão esse foi o início dos problemas dentro do clube. “Algumas coisas de diálogo aconteceram. Não tem traição nenhuma. A autoridade do presidente é inconteste. Me posicionei ao contrário. O dono do clube é ele há muitos e muitos anos. Não tenho o que discutir. Tenho que emitir a opinião de treinador. Ela foi dada. Ali marcou o fim do elo de reciprocidade”, comentou.

 

Demitido do São Paulo, Emerson Leão passou um tempo descansando em sua fazenda, porém agora quer voltar ao futebol e admite já ter propostas. “Esta semana eu tenho que pagar os convites feitos. Vou atender a quem me solicitou. Tive consulta 24 horas depois da demissão, mas agradeci. Não era o momento. Foi um clube da Série A e um de um lugar muito longe”, afirmou.

Foto 1: Miguel Schincariol / Lancenet
Foto 2: Luiz Pires/VIPCOMM