O Bahia não conseguiu segurar a vantagem no marcador e acabou sofrendo uma derrota de virada por 3 a 1 para o Cruzeiro, a primeira no estádio Independência, onde, até então, tinha um triunfo e um empate contra a Raposa.

 

O resultado só não foi pior porque os principais adversários na luta contra o rebaixamento também não ganharam: o palmeiras perdeu por 3 a 2 para o Fluminense e se manteve com 33 pontos; e o Sport só empatou com o Figueirense e foi a 37, contra os 40 do Tricolor.

O Cruzeiro, agora com 46 pontos, quebrou a incômoda série de quatro jogos sem vencer e, agora com 46 pontos, está livre da ameaça de rebaixamento. No próximo domingo, a Raposa entrega as faixass de campeão ao Flumninense, no Engenhão, enquanto o Bahia recebe a Ponte Preta, que bateu o inter por 1 a 0 e também foi a 46 pontos.

 

O jogo começou a todo vapor. Em menos de 10min, cada time já havia criado uma boa chance de gol, com Fabinho e Gabriel. Mas o que parecia que seria um jogo franco, com as duas equipes jogando pra frente, transformou-se numa partida truncada, com muita marcação e quase sem nenhuma criatividade.

 

Até que, aos 27min, Gabriel cobrou o escanteio com capricho, Fabinho se antecipou a Sandro Silva e Fahel completou, quase em cima da linha: 1 a 0 para o Bahia. 

 

Aos 30min, o Tricolor escapou de levar o empate: Martinuccio chutou de fora da área e a bola explodiu no travessão. Em vez de empolgar, o lance esgotou a paciência da torcida do Cruzeiro, que passou a pegar no pé do volante Sandro Silva, responsabilizado pelo gol, e do técnico Celso Roth, xingado de burro.

 

E foi sob vaias da própria torcida que o Cruzeiro foi para o vestiário. Mesmo assim, Roth não mudou o timer no retorno para o segundo tempo, o mesmo acontecendo com Jorginho em relação ao Bahia.

 

Logo aos 8min, veio o empate da Raposa. E ele saiu de um lance idêntico ao gol do Bahia: Fabinho cobrou a falta, Anselmo Ramon escorou e Martinuccio, já quase dentro do gol, só teve o trabalho de mandar a bola para o barbante.

 

O gol serviu para incendiar a torcida do Cruzeiro. Até então na bronca com o time, os cruzeirenses das arquibancadas passaram a incentivar o time. Sentindo o melhor momento dos anfitreiões, o bahia se encolheu na defesa e quase levou o gol da virada aos 19min, quando Fabinho recebeu livre na área, mas chutou para fora.

 

Mas aos 22min, não teve jeito: Anselmo Ramon mandou por cobertura sobre Titi e Martinuccio chegou por trás para mandar de primeira, sem deixar a bola cair, marcar um golaço.   

 

A empolgação dos anfitriões transformou-se em preocupação aos 29min, quando Sandro Silva, que já tinha cartão amarelo, recebeu o vermelho por jogada violenta. Logo na sequência, o técnico Jorginho aproveitou a ausência de um jogador de meio-de-campo do adverário para trocar o volante Fabinho pelo atacante Elias. 

 

Mas a vantagem tricolor em campo foi pulverizada com a expulsão de Mancine, aos 40min. Aos 44min, veio o golpe de misericórdia, com um gol de William, batendo por cobertura, na saída de Lomba.

 

CRUZEIRO 3 x 1 BAHIA

 

Data: 11/11/12 (domingo)

Local: Estádio Independência, em Belo Horizonte

Arbitro: Marcelo de Lima Henrique (RJ), auxiliado por Roberto Braatz (PR) e Márcia Bezerra Lopes Caetano (RO)

Cartões amarelos: Wellington Paulista, Fabinho (C); Fahel, Lucas Fonseca, Titi e Jussandro (B) 

Público: 7.772 pagantes

Renda: R$ 165.885,00

Cartão vermelho: Sandro Silva (C); Mancine (B)

Gols: Fahel, aos 27min do primeiro tempo; Martinuccio, aos 8min e aos 22min, e William, aos 44min da etapa final

 

Cruzeiro

Fábio; Diego Renan, Tiago Carvalho, Leandro Guerreiro e Everton; Sandro Silva, Marcelo Oliveira e Tinga (William); Fabinho (Souza), Martinuccio e Anselmo Ramon (Wellinton Paulista).

Técnico: Celso Roth

 

Bahia

Marcelo Lomba; Neto, Lucas Fonseca, Titi e Jussandro; Fahel, Fabinho (Elias) e Hélder; Jones (Mancine), Gabriel e Souza.

Técnico: Jorginho