Estourou a “bomba” no Barradão. Pouco mais de um mês de auditoria o Vitória descobriu que teve “rombo” financeiro no período entre agosto de 2007 à junho de 2009, tempo esse que o empresário Jorge Sampaio esteve à frente do clube.

Foi constatado que o antigo gestor sonegou mais de R$ 3,6 milhões em impostos ao não repassar os valores para a Receita Federal e outros órgãos estaduais e municipais. Além disso comprou materiais que não condizem com uma agremiação de futebol.

Segundo o resultado da auditoria o Vitória arrecadou o valor de R$ 3.660.649,00, que não foi repassado a órgãos ligados ao estado e governo. Confira:

- Previdência Social (INSS, no valor de R$ 1,3 milhão);
- Receita Federal (Imposto de Renda, no valor de R$ 1,9 milhão);
- PIS, CSSL e Cofins, no valor de R$ 472 mil;
- Prefeitura Municipal (ISS, no valor de 425 mil).

Esses valores são do período vigente, ou seja, sem a Taxa Selic, que é o valor corrigido para os dias atuais, com isso o valor chega a mais de R$ 4 milhões.

Além desses valores apresentados o clube gastou no período analisado com supermercados, taxis, refeições, ressarcimento de ligações telefônicas, além de saias, calçados, medicamentos.

Ainda foi descoberto que Jorge Sampaio recebeu de adiantamento o valor de R$ 119.596,16 e que não foi declarado na folha de pagamentos do clube, com isso não ocorreu o recolhimento do Imposto de Renda e INSS.

O INSS de empregados que foi retido chega ao valor de R$ 773.438,00 e INSS sobre terceiros no valor de R$ 618.876,00, com isso a quantia de R$ 1.392,314,00 não foi recolhida à Previdência Social.

Outro agravante ocorreu em 17 de janeiro de 2008. Segundo o relatório da auditoria foi pago o valor de R$ 18 mil à Jorge Sampaio. Essa quantia foi um adiantamento concedido a um protocolo de autorização que refere-se a pagamentos de honorários de dezembro de 2007. Mas na folha de pagamento desse referente período não foi emitido contra-cheque ou recebido qualquer pró-labore em nome do beneficiário.