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Goleiro Tiago revela que cobrança em cima dele foi exagerada

Autor(a): Thiego Souza (twitter: @thiegosouzza) em 07 de Outubro de 2011 08:11

Tiago Antônio Campgnaro, atualmente goleiro do Esporte Clube Bahia, começou sua carreira no Corinthians, passou pela Portuguesa e tem seu passe pertencente ao Vasco. O arqueiro joga desde janeiro no tricolor, porém não viveu bons momentos no clube.

O arqueiro, que chegou a ser comparado à Rogério Ceni pelo fato de fazer gols de falta e penalti, foi bastante criticado pelo torcedor do Bahia no início do ano, sendo o alvo principal de toda a ira, sendo assim afastado do elenco. Mesmo assim não desistiu, não abandonou o clube e agora espera terminar o ano feliz.

Em entrevista exclusiva, o goleiro revela suas decepções, vontade de sair do Brasil e alegria por poder a voltar futebol.

- Você começou a carreira no Corinthians. Foram quantos anos de clube?

Joguei nove anos lá. Fiquei lá nas categorias de base, dos 14 até os 23 anos. Depois sai, fui para a Portuguesa, Vasco e agora aqui o Bahia.

- Na Portuguesa, pelo fato de marcar gols, você chegou a ser comparado com o Rogério Ceni. Era legal ou isso te incomodava?

Isso é normal para qualquer goleiro que venha a bater faltas, pênaltis. Querendo ou não vai ser comparado ao Rogério Ceni, assim como ele quando começou foi comparado ao Chilavert, mas ele superou e muito o Chilavert. Acho isso normal e nunca me incomodou.


Foto: Reprodução

- Dos treze gols marcados na carreira, qual aquele que você considera mais importante?

O mais importante foi o primeiro. Foi logo quando eu comecei e se não me engano foi a terceira falta que eu cobrei na vida. O gol foi contra o XV de Jaú no campeonato paulista da A-2, quando eu jogava na Portuguesa. Foi importante também porque eu tinha acabado de chegar na Portuguesa e isso marcou muito também.

- Você tem dupla nacionalidade. Seu objetivo é defender a seleção italiana?

Para alcançar esse objetivo eu tenho que jogar primeiro. Tenho que voltar a conquistar meu espaço, mas meu sonho é jogar fora mesmo, eu tenho esse sonho, é um objetivo. Já consegui no meio desse ano tirar a carteira de identidade italiana até o inicio do ano, só falta o passaporte, mas isso é questão de tempo.

O Angione na época me liberou, foram três dias, bem rápido, só para assinar a documentação e agora no final do ano regularizo. Tenho que ir lá para pegar o passaporte e depois daí as possibilidades aumentam, ainda mais goleiro, que em minha posição ninguém contrata lá porque você vai ocupar vaga de estrangeiro, então para levarem goleiro só tendo o passaporte comunitário.

- Ano passado no Vasco você acabou não jogando porque o Fernando Prass não machuca e não é suspenso. Chato para um goleiro ficar tanto tempo de molho né?

Pra caramba! Quando eu vim para cá tinha renovado com eles lá, tenho ainda mais dois anos de contrato, e saí de lá por esses motivos.

- Como você viu e reagiu ao convite do Bahia?

Quando rolou o convite do Bahia, conversei com o Rodrigo Caetano, com o Roberto Dinamite, mas eles não queriam me liberar, mas reforcei, falei que seria bom mudar os ares, jogar um pouco, mas infelizmente as coisas não saíram da maneira que eu queria. O ano não começou bem, não foi bom para mim profissionalmente, mas tudo é um aprendizado na nossa carreira, estou com 28 anos e tenho muita lenha para queimar.

- Você se sente injustiçado por ter sido o principal alvo da ira da torcida do Bahia em um momento onde nada dava certa para a equipe?

Tudo era novo! Foi um momento difícil porque a torcida cobra um título que não vem há anos e isso é totalmente compreensível. Acho que o torcedor tem que ser respeitado, todo tipo de cobrança também, ainda mais que a torcida do Bahia é bastante apaixonada, então cobram mesmo. Mas, comigo foi uma coisa exagerada, na minha opinião.

Graças a Deus tenho a cabeça boa, nunca levei nada para o pessoal, nunca na minha carreira, até mesmo dentro de campo, quando tenho uma discussão com um ou outro jogador, mas depois daquilo a gente vira amigos.

- O começo do ano é sempre complicado, principalmente para um elenco que estava voltando de férias, né?

Verdade! O começo do ano foi bastante difícil, todo mundo fora de forma, inclusive eu, então se torna difícil. Os campeonatos estaduais sempre nos começos não são bons para o jogador, porque estão voltando de férias, o condicionamento demora e queira ou não queira, estoura lá atrás. Se o atacante não está bem não vai fazer gols, o meia não vai servir, os laterais não vão apoiar o zagueiro não vai conseguir marcar e vai sobrar lá atrás, mas passou, Deus me deu a oportunidade de poder voltar a jogar, mostrar para a torcida do Bahia quem eu sou, porque fui contratado, e tenho certeza que vou sair de cabeça erguida no final do ano.

- Quando você foi afastado do elenco pensou em voltar para o Vasco?

Voltar para o Vasco não até porque tenho um contrato de empréstimo com o Bahia até o final do ano, então não era ideal voltar para o Vasco.

- Mas pensou em deixar o Bahia?

Sim, cheguei a pensar. Conversei muito com meu empresário, com minha esposa, até com o Paulo Angione, que sempre tinha a preocupação de saber como eu estava, reagindo a tudo isso. Eles sabem que sou assim, sei reagir em meio às dificuldades e cheguei para mim mesmo e falei que desistir é para os fracos e não sou isso não, vou trabalhar.

Fiquei um tempo recluso, sem dar entrevistas. Quando a assessoria aqui do clube me procurava para falar com a imprensa, sempre negava com educação. Estava me reciclando e quando vi o Lomba começar a jogar e bem, não achei correto ficar falando enquanto o outro está jogando. Então foi um momento de muito sofrimento para mim, mas passou e agora está tudo bem.

- Quais fatores foram determinantes para o crescimento do Bahia na série A?

É difícil falar! Nosso time teve altos e baixos, tivemos momentos que jogamos muito bem e fizemos outros jogos horríveis. Por exemplo, o jogo que fizemos contra o Grêmio, o primeiro tempo, falo porque eu joguei , então fica mais fácil comentar, foi horrível, estávamos desorganizados, mas depois voltamos organizados.

Nós passamos a ter equilíbrio e se tivermos um equilíbrio um pouco melhor antes certamente na tabela estaríamos lá em cima e estaríamos brigando por outras posições.

- Manda um recado ao torcedor do Bahia

Torcedor do Bahia, esquadrão de aço. Agradeço a tudo que aconteceu, independente das criticas positivas ou negativas, o apoio de todo mundo e espero chegar final do ano com o time comemorando tranquilo nossa permanência na série A e se deixarem a gente chega na Sul-Americana e temos tudo para conseguir essa vaguinha, mas uma coisa de cada vez. O Joel deu uma entrevista dizendo que o objetivo são 45, 46 pontos e depois vamos ver o que fica de bom para a gente.



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