O futuro de Jobson no futebol será selado nesta segunda-feira. Depois de quase dois meses e meio de espera, o atacante vai receber o veredito da Corte Arbitral do Esporte (CAS) sobre o caso de doping em que se envolveu quando estava no Botafogo, em 2009. Se a condenação vier, Jobson vai ter de ficar até um ano e meio fora dos gramados.

O rumo do jogador na temporada depende diretamente da notícia que vier da Suíça. Tudo porque o Botafogo e os clubes interessados em contratá-lo só irão mais fundo nas negociações se Jobson se livrar do gancho. Um dos que estão na fila esperando pelo atacante é o Grêmio Barueri, do técnico Estevam Soares, o mesmo que o levou para o time de General Severiano.

Os advogados do jogador já disseram que não dá para fazer qualquer prognóstico quanto à decisão da Corte, o que aumenta ainda mais a ansiedade.

Desde que foi demitido do Bahia por conta de uma série de atrasos – o último deles antes de se concentrar para enfrentar o Santos -, Jobson passou o tempo em Conceição do Araguaia, no Pará, sua terra-natal. Ao lado dos pais e do filho, Jobson tentou esquecer os problemas que ele mesmo causou com pescaria. Neste domingo, ele deixou o Pará e desembarcou em São Paulo.

Jobson, que admitiu ter usado crack, compareceu à audiência de doping no dia 21 de junho. Ele precisou retornar ao banco dos réus porque a Agência Mundial Antidoping (Wada) não aceitou a redução da pena de dois anos para seis meses, concedida pelo STJD. Na época do julgamento, Jobson deixou a sede da CAS, em Lausanne, na Suíça, otimista e com um largo sorriso no rosto.

Nesta segunda, ele saberá se suas mais recentes confusões tiveram algum impacto negativo na cabeça do juízes do CAS, o que pode ser crucial para a continuidade de sua carreira.

Caso Jobson

8/11/2009
Após a vitória do Botafogo por 2 a 0 sobre o Coritiba pelo Brasileirão, Jobson passa pelo exame antidoping, que flagra o uso de cocaína. Um mês depois, o exame seria refeito contra o Palmeiras, com o mesmo resultado. Jobson chega a acertar com o Cruzeiro após o termino do Campeonato Brasileiro, mas o negócio acaba melando devido ao doping.

19/1/2010
Em julgamento no STJD, Jobson confessa o uso de crack e não de cocaína, como havia revelado o exame. Correndo risco de ser banido do esporte, o atacante acaba sendo punido por dois anos.

29/4/2010
O STJD decide em última instância pela redução da pena para seis meses. Assim, Jobson é liberado para jogar em julho. A reestreia ocorre na derrota do Bota para o Flamengo, por 1 a 0.

4/1/2011
A Agência Mundial Antidoping (Wada) solicita à Fifa a reabertura do processo contra o jogador, agora no Atlético-MG. A entidade se diz insatisfeita com a redução da pena dada pela Justiça brasileira e pede um novo julgamento, desta vez na Corte Arbitral do Esporte, na Suíça. Em caso de condenação, o atacante pode ficar até um ano e meio afastado do futebol.

21/6/2011
Jobson é julgado pela CAS e deixa audiência com um sorriso no rosto e otimista com relação ao resultado.