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Treinador do Ypiranga abre o jogo para o Galáticos Online

Autor(a): Thiego Souza (twitter: @thiegosouza84) em 04 de Abril de 2012 14:00

No próximo dia 28 de abril começa a luta do Ypiranga para retornar a elite do futebol baiano. Para comandar a "nave" a diretoria contratou José Carlos Amaral, que tem experiência nacional e internacional.

Em um bate-papo com o Galáticos Online o treinador contou suas experiências profissionais, deixou claro que o Ypiranga não é favorito, mas está no bolo e promete muito trabalho e empenho para a realização do objetivo do ano, o retorno para a primeira divisão do campeonato baiano.

- Como você recebeu o convite do Ypiranga?
 
Foi surpresa para mim! Minha relação profissional com o Ypiranga nunca existiu, até porque sou carioca e o máximo que tive do Ypiranga foi um time de futebol de botão. Minha relação com o Emerson (Ferreti) sempre foi altamente respeitosa e de admiração mutua. Me lembro que ele me elogiava bastante quando ainda jogava e sempre nos mantivemos nisso. Elogiar o Emerson como goleiro era como chover no molhado.
 
Veio o convite, eu estava no Rio Branco, na segunda divisão do carioca e voltar a casa seria interessante. Eu tenho uma esposa e uma filha que moram aqui e elas não podiam ir para o Rio de Janeiro e eu estando em Salvador estaria mais perto de minha família, sendo esse um dos principais motivos e fundamentalmente estar com o Emerson.
 
- Como vai ser a relação com a diretoria dentro e fora de campo?
 
O Emerson vem e me anuncia o Paulo Isidoro, o Tiago Leite e agora o João Marcelo, então é bom o torcedor ir se acostumando que temos cinco treinadores. Como é isso? O trabalho é simples. No processo de contratações os nomes passam por um processo de analise de conduta dentro e fora de conduta. Todos entendem de futebol, sabem do jogo, então estaremos discutindo todo o trabalho que se refere a campo e estou dizendo isso publicamente. Estamos tentando fazer algo diferente dentro da ética e da moralidade.
 

José Carlos Amaral e Paulo Isidoro (auxiliar técnico)
 
- O fato do Ypiranga estar na segunda divisão e o apelo para o retorno do time à elite aumenta a  responsabilidade?
 
Quem trabalha no Bahia, um time que colocava 70, 80, 90 mil pessoas na Fonte Nova, tem que brigar para ser campeão. No campeonato brasileiro são vinte times que disputam e só um pode ser campeão. Trabalhei no Fluminense de Feira, tem que ser o melhor do interior. Cada time carrega consigo um patrimônio, uma história, uma cobrança e com o Ypiranga não vai ser diferente. É um clube tradicional, que tem torcida e vai ser uma pressão enorme em cima da gente. Ao longo do campeonato vocês vão criticar e isso é importante para alertar porque me ajuda muito. 
 
- Qual foi a primeira impressão que você teve quando chegou no Ypiranga em questão de conduta e estrutura?
 
O grupo de jogadores é muito bom. Temos um preparador físico aqui da terra que é o Jackson George, tem o Darlan na preparação de goleiros, juntamente com o Passarinho, Israel na rouparia, o Alan, que é o supervisor e encontramos um Massoterapeuta, o Júlio César e toda estrutura física o Tiago conseguiu nos dar. Temos uma academia aqui na Associação Atlética onde os professores nos ajudam demais, temos o campo da Caraíba Metais, que é um clube social e somos muito bem tratados. Não temos nenhum tipo de problema e acredito que não tenhamos ao longo do campeonato. O Emerson e toda sua diretoria estão dando para um time de segunda divisão uma estrutura suficientemente boa para brigar pela classificação.
 
- Como foram os primeiros testes do time?
 
O primeiro teste que fizemos foi contra um time de profissionais e amadores lá na Caraíba Metais e empatamos em 1 a 1, depois jogamos contra o Vitória, mas antes quero agradecer a receptividade, o carinho do Ricardo com a gente, o Mário, o Flávio Tanajura, nos receberam com atenção, nos colocou no campo 1 de treinamento e principalmente o comportamento dos jogadores profissionais do Vitória.
 
 Para se ter uma ideia jogou Lúcio Flávio, Mancha, Vitor, Dinei, e eles ajudaram os garotos do meu time, conversaram, ensinaram, mas independente do resultado valeu a conduta do treinamento, a postura dos jogadores em campo e também a forma que o Vitória conduziu a partida, com lealdade e quem mais ganhou no amistoso fomos nós.
 
 
- Para quem não te conhece, quem é José Carlos Amaral?
 
Bom, tenho 55 anos, sou carioca, formado em Educação Física na Federal do Rio de Janeiro, Pós-Graduado pela Universidade Estadual do Rio de Janeiro. Trabalhei no Fluminense durante nove anos, tive a felicidade de participar da Libertadores, voltei para a competição com o Sport, também com o Sporting Cristal, fui campeão baiano com o Vitória em 89, não tive a sorte de trabalhar no Bahia. Já passei por vários times da primeira divisão baiana, times do Rio Grande do Norte, Ceará, São Paulo, Minas, Rio de Janeiro. 
 
- Com quais treinadores você já trabalhou?
 
Já trabalhei com o Antônio Lopes, com o Luxemburgo,  Carlos Alberto Torres, Parreira, Sebastião Lazaroni, Renê Simões, com isso procurei dentro de minhas limitações absorver o máximo possível.
 
- Qual o perfil do treinador José Carlos Amaral?
 
Tenho a minha linha de pensamento, sou do tipo: diálogo-disciplina. Eu não cobro responsabilidade do atleta, eu dou responsabilidade. Não sou aquele treinador chato que leva toda hora problema de jogador para a diretoria. Não faço restrição a trabalho de empresário, não tenho dificuldades de me relacionar com jogadores, imprensa. Não tenho mistério, não faço restrições a perguntas, sou sempre transparente e não torno público problemas internos.
 
- O fato de você ter sido comentarista de televisão facilita o seu trabalho com a imprensa e te ajuda dentro de campo pois acompanhava por outro ângulo as partidas?
 
A imprensa alerta muitas coisas para a gente e o torcedor também. O fato de eu ter trabalhado na imprensa me ajudou a ver o futebol por outro prisma. O comentarista tem uma visão privilegiada pela posição que se encontra em dia de jogo e se ele for isento de qualquer sentido parcial eles vão trazer ao torcedor muitas informações importante e para nós treinadores também.
 
 
- Qual mensagem que você deixa hoje para o torcedor do Ypiranga, que sonha com o retorno do time para a elite do futebol baiano?
 
Aquela velha compreensão e lembrarmos que é um time muito querido na Bahia, quase o segundo time de todos nós, daí aumenta a responsabilidade. Trabalho não vai faltar, honestidade, transparência e a certeza que nós não nos sentimos privilegiados, favoritos, pelo contrário, estamos no bolo, com vontade e com muito tesão para voltar a primeira divisão. Esforço e dedicação não vão faltar. Temos que trabalhar para merecer o apoio, elogio e temos que colocar um pouco de amarelo em Salvador e na primeira divisão do futebol baiano.

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