Premier League quer terminar a temporada com mega evento para TV e times isolados

Para concluir a temporada atual e cumprir com os contratos de patrocínio e televisão, a Premier League cogita um plano radical. De acordo com o site “LiverpoolEcho” desta segunda-feira, o plano é isolar os 20 times do campeonato, durante dois meses (junho-julho), e realizar todas as rodadas que restam em uma única cidade.

A maior possibilidade é encontrar uma área no centro de Londres, que é rodeada de estádios e com uma grande rede de transporte e hotelaria. Os jogadores ficariam em hotéis reservados só para eles, sem presença de familiares e nem visitas. Todos os jogos ocorreriam com portões fechados e exibidos na televisão, como um megaevento. 

Faltam nove rodadas (além de duas partidas pela 29ª rodada) para fechar a competição.  No total, são 92 jogos para serem exibidos em um período de 60 dias. Um relatório mostrado pelo “The Independent” aponta que é possível. O Liverpool lidera com 82 pontos contra 57 do Manchester City, o vice-líder.

Há vários lados favoráveis para a decisão, sendo os diretores da Premier League um deles, pois dependem do final da competição para receber a grande quantia dos direitos de TV. Para eles, a receita com a transmissão dos jogos é a mais importante. Outro ente favorável aos jogos é o governo nacional, que entende que seria uma boa forma de manter as pessoas entretidas em suas residências e fazer a economia girar um pouco. A recomendação é que ninguém saia de casa para evitar aumento da contaminação.

A preocupação geral e principalmente dos jogadores, é que o isolamento não é uma garantia 100% segura contra a COVID-19. Os empresários dos jogadores são contra a disputa dos jogos, porque basta um deles contrair a doença para que ela se espalhe rapidamente.

Nem mesmo a promessa de uma equipe de médicos e uma unidade de tratamento exclusiva, o que significa testes para COVID-19 (algo raro no planeta), parecem surtir muito efeito. O temor é grande.

Nesta semana, dirigentes da Premier League e dos clubes vão discutir esse plano mais profundamente, assim como estudar cortes nos salários e mudanças contratuais futuras.