Sem data definida para o início da Série C, os clubes que disputarão a competição mergulharam em uma crise financeira. Sem rendas das bilheterias e patrocínios, as agremiações sofrem para pagar os salários do elenco.

Um dos grandes times e favoritos ao acesso à Série B, o Paysandu é um dos que mais sofrem com o atraso na abertura do campeonato. Nesta semana, uma notícia envolvendo o papão da curuzu evidenciou a atual fase de dificuldades do clube.

Com uma lesão no ligamento cruzado do joelho, o lateral-esquerdo Jairinho ouviu um "não" na diretoria paraense para a realização da sua cirurgia. Sem opções, o atleta teve de recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS), onde foi operado.

O fisioterapeuta do Paysandu, Júnior Furtado, admitiu que o clube não possuía recursos para bancar o procedimento cirúrgico do jogador.

"A cirurgia do atleta custa em torno de R$ 10 mil. O clube nunca paga, e a do Jairinho o Paysandu não paga também. Há dois anos, o lateral Álvaro também fez uma cirurgia de alta complexidade, onde não se fazia o procedimento em Belém, então o mandamos para a Santa Casa, em São Paulo. O atleta tinha a possibilidade de não vir a jogar futebol novamente e retornou com sucesso, e também foi feito pelo SUS", tentou justificar.

Apesar de ter se negado a pagar a operação, o papão garantiu que irá fazer a fisioterapia de Jairinho.