Na china a história é outra. Mesmo recebendo um dos maiores salários do mundo - o equivalente a R$ 1 milhão mensais - o meia argentino Darío Conca aprendeu que não pode desrespeitar a autoridade do treinador.

Clube onde atua o ex-jogador do Fluminense, o Guangzhou Evergrande decidiu suspendê-lo por nove partidas - isso mesmo, nove partidas - após as críticas públicas feitas pelo atleta ao técnico Lee Jang-Soo depois de ser substituído em partida da Liga dos Campeões da Ásia, na última terça-feira.

Além dogancho, o argentino irá amargar uma multa de 120 mil euros, o equivalente a R$ 300 mil pelos comentários que o clube julgou serem impróprios.

"Eu não sei por que alguém sempre acha que eu estou cansado e preciso de descanso. Eu estava doente há muito tempo, então por isso preciso ficar no banco? Se eu posso jogar e marcar um gol de pênalti tão importante significa que eu estava bem fisicamente. Por que a comissão técnica sempre planeja descansar o Conca?", questionou o meia, em seu perfil na rede social chinesa "Weibo".

Através de um comunicado oficial, o clube justificou o castigo ao argentino. "No dia 3 de maio, Darío Conca minou a autoridade do treinador ao expressar publicamente sua insatisfação. Após muita discussão, o clube decidiu multar Conca e suspendê-lo por nove partidas. Pedimos que comissão e jogadores aprendam essa lição e continuem trabalhando forte e em conjunto", diz o comunicado do Guangzhou Evergrande.

Na partida em questão, o Jeonbuk Motors, da Coreia do Sul, marcou dois gols após a substituição de Conca e venceu por 3 a 1, deixando o Guangzhou na segunda colocação do Grupo H, com sete pontos, empatado com o Kashiwa Reysol, do Japão.

"Todos nós sabemos a condição do jogador. Ele estava doente e não jogou a última partida fora de casa. Nós fizemos um plano antes do jogo e decidimos deixá-lo em campo por 60 minutos. Mesmo depois de tirá-lo tivemos algumas chances. Futebol é assim mesmo - afirmou o técnico Lee Jang-Soo, justificando a derrota.