Contratos de limpeza e segurança firmados por Augusto Melo geram crise e podem custar quase R$ 30 milhões ao Corinthians

Reprodução / Internet

Por Redação Galáticos Online

Publicado em 21/06/2025, às 17h30 - Atualizado às 17h45

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O Corinthians enfrenta mais uma crise institucional após a revelação de aditivos contratuais assinados pelo ex-presidente Augusto Melo com a empresa RF Serviços Especializados, responsável por limpeza e segurança na sede social do clube, o Parque São Jorge. Os documentos, firmados poucos dias antes de Melo ser afastado, estendem os contratos até 2030, aumentam os valores mensais e preveem multas milionárias em caso de rescisão antecipada.

A nova gestão, comandada interinamente por Osmar Stabile, alega que os aditivos foram assinados sem passar pelo crivo do departamento jurídico ou compliance, e sequer foram registrados no sistema oficial de contratos do clube. Os valores mensais subiram de R$ 292 mil para R$ 315 mil (limpeza) e de R$ 165 mil para R$ 178 mil (segurança), e a multa por rescisão passou de uma mensalidade para o valor total restante até o fim do contrato. A conta de uma possível ruptura contratual hoje chega a R$ 29,6 milhões. Caso um terceiro aditivo, referente à Neo Química Arena, tivesse sido assinado, o montante superaria R$ 53 milhões.

A empresa RF já emitiu mais de 340 notas fiscais ao clube desde abril, totalizando quase R$ 15 milhões em pagamentos, muitos deles para serviços pontuais fora dos contratos originais. O departamento jurídico, liderado anteriormente por Vinicius Cascone, afirma que não aprovou os aditivos e chegou a barrar as negociações por considerá-las prejudiciais ao clube.

O atual assessor jurídico Leonardo Pantaleão classificou os aditivos como “profundamente lesivos” e apontou possível prática de gestão temerária, com indícios de fraude documental. O clube informou que tomará medidas administrativas, civis e criminais para anular os contratos e responsabilizar os envolvidos.

Em nota, Augusto Melo defendeu os contratos, afirmou que a empresa presta serviços de excelência e criticou a exposição seletiva de documentos internos à imprensa. Já o ex-diretor administrativo Ricardo Jorge, que assinou os aditivos como testemunha, minimizou sua participação, dizendo que sua assinatura tem efeito apenas formal.

A situação é mais um capítulo turbulento da recente gestão do clube, que já teve as contas reprovadas e vem sendo alvo de investigações. A atual diretoria afirma que revisará todos os contratos firmados pela administração anterior.

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