Laudos do Bahia desmentem o Fla e apontam que Ramírez não chamou Bruno Henrique de negro
ReproduçãoPor Redação Galáticos Online
Publicado em 23/12/2020, às 20h00Ontem, o vice geral do Flamengo, Rodrigo Dunshee de Abranches, anunciou que o laudo rubro-negro comprovava a ofensa de Ramírez a Bruno. Nesta quarta, o presidente do Bahia, Guilherme Bellintani, explicou o movimento do Esquadrão.
“Após o conhecimento do vídeo, nós procuramos o Ramírez. Ele viu o vídeo e foi taxativo na hora em que viu o vídeo. Ele diz: "tá quanto? tá quanto?". Isso foi o que o Ramírez disse quando viu o seu próprio vídeo. Mandamos para um pessoa nos auxiliar aqui em Salvador. Ele nos confirmou que a expressão era "tá quanto?", ‘tá quanto?’.
A discussão entre os atletas ocorreu aos 20 minutos do segundo tempo. A troca de farpas é posterior ao momento em que Gerson afirma ter sido chamado de "negro" por Ramírez, o que ocorreu aos 6 minutos.
“É importante lembrar que esse suposto fato de injúria racial de Ramírez em Bruno Henrique seria após toda a confusão e toda a acusação que ele já sofreu do primeiro caso com Gerson. Imaginemos aqui que depois de toda aquela confusão, de ele ter sido acusado de injúria racial, o jogo retoma e ele faz novamente. Se a gente confirmasse isso, naturalmente, seria algo muito assustador. Entendo como improvável que tenha acontecido não só pelos laudos, mas pela circunstância do jogo e do ser humano em uma situação de pressão como aquel”, afirmou o presidente do Bahia.
Nesta terça-feira, o GloboEsporte.com consultou três especialistas em leitura labial e os três afirmaram que Ramírez disse "fala muito, seu negro" na direção de Bruno Henrique durante a discussão.
No entanto, Eduardo Llanos, um dos especialistas consultados pelo Bahia, diz que descarta a hipótese de que o colombiano tenha dito a palavra "negro" ao atacante do Flamengo. Segundo o especialista, Bruno Henrique “enquadrou” o jogador do Bahia e o chamou de gringo de merda.
Vale lembrar que o clube baiano afastou Ramírez momentos após a partida de domingo.