Maior artilheiro do Mundial de clubes vai mandar fazer um troféu exclu
Denílson teve muitos motivos para comemorar sua participação no Mundial de Clubes pelo Pohang Steelers: marcou nos três jogos, terminou como artilheiro com quatro gols, brilhou como goleiro por alguns minutos contra o Estudiantes, ficou com o terceiro lugar do torneio e ainda assinou um bom contrato com o Bunyodkor de Luiz Felipe Scolari. Mas o atacante está magoado com a Fifa: não houve premiação para o goleador do campeonato.
- Não ganhei nada, só a medalha de terceiro lugar. Não ganhei prêmio em dinheiro, nem um troféu. Queria um troféu. Esse torneio não tem premio para artilheiro, acho que é o único da Fifa que não tem. Isso é errado. Dizem que o campeonato é importante, tinha que ter a premiação. Meu time é meio amador, nem correram atrás também. Mas vou mandar fazer um, isso não vai ficar em branco não. Vou escrever: “Denílson Nascimento, artilheiro do torneio de brinquedo da Fifa” – desabafou o jogador, por telefone, durante as férias no litoral baiano.
Com os quatro gols marcados, Denílson tornou-se o maior artilheiro de uma edição do Mundial da Fifa. Aos 33 anos, o atacante, que nunca atuou profissionalmente no Brasil, acertou sua transferência para o Bunyodkor, do Uzbequistão, após negociar diretamente com Rivaldo, principal jogador da equipe treinada por Felipão.
- Comecei a conversar com o Rivaldo em outubro. Tive propostas dos Emirados Árabes e da Arábia Saudita, mas já tinha acertado com o Rivaldo. Assinei por um ano, com opção de mais um – contou.
Apesar de magoado por não receber um prêmio pela artilharia, Denílson acredita que o Mundial abriu várias portas em sua carreira.
- Eu fui a atração do campeonato. Ninguém fez o que eu fiz: ataquei, defendi, fui o artilheiro, joguei de goleiro . Eu me diverti. Parecia que estava jogando uma peladinha com a rapaziada. Me senti muito bem – concluiu.