Impeachment? Presidente do Conselho do Vitória fala sobre pedido de destituição de Ricardo David
O ambiente político no Esporte Clube Vitória segue muito tenso, e conforme foi noticiado pelo Galáticos Online, em reunião do Conselho Deliberativo do clube, na última quinta-feira (22), um grupo de Conselheiros apresentou um pedido de impeachment do presidente Ricardo David. Diante disso, nossa equipe entrou em contato com o presidente do Conselho rubro-negro, Paulo Catharino Gordilho, para apurar essa situação.
Em contato com a reportagem do Galáticos Online, Paulo Catharino falou sobre o requerimento apresentado.
“Foi apresentado um requerimento, com aquele mesmo pedido que circulou durante o dia. Só que fizeram seis parágrafos, com 30 assinaturas de conselheiros, e não juntaram nenhum documento. Não tem materialidade. Eu não tenho como processar e nem seguir com uma situação dessa. Se eu fizesse esse movimento eu iria primeiro fragilizar qualquer decisão, porque estaria passível de judicialização por Ricardo (David), inclusive. Iria estar prejudicando o clube cada vez mais. Eu estou apanhando que nem mala velha porque eu vou defender a estabilidade do clube, a instituição, o estatuto. eu não vou abrir mão nem que eu tenha que sair agora da minha parte se não tiver um trabalho fundamentado apresente alguma coisa que eu faço”, declarou.
O presidente do Conselho ainda afirmou estar preocupado com a imagem da instituição.
“Se eu fizer isso, qual o recado que eu vou estar dando para sociedade? Para patrocinador? Para jogador? ‘Olhe, venha que ano que vem a gente não sabe nem se você. A gente não sabe nem quem é que vai ser a bola da vez’. Porque todo ano as pessoas na torcida do Vitória não pedem mais troca de treinador não, é troca de presidente. Pelo amor de Deus”, disse.
Paulo Catharino ainda afirmou que não “jogará para a torcida”, justificando que não aceitará a abertura de um processo, sem documentos que comprovem irregularidades.
“Alguns conselheiros pedem o impeachment, vão pedir que o conselho tome condições enérgicas e convoquem a Assembleia Geral Extraordinária (AGE). É porque eles sabem que se colocar o assunto numa AGE, Ricardo David será execrado. Agora, eu estou pregando sempre a legalidade. O que me chegou na mão ontem, não tem materialidade. Se trouxer alguma coisa que tem a materialidade, eu vou abrir o contraditório, a ampla defesa, não tenho problema nenhum com isso. Agora, do jeito que chegou ontem, não tem condição, porque eu não jogo para torcida, não tenho pretensão política e não acho correto, principalmente. E eu falo isso muito tranquilo, porque eu não apoiei Ricardo David”, justificou.