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Campeão dentro e fora dos gramados, Zé Carlos dá show de solidariedade

Autor(a): Marcelo Muniz - Instagram (@omarcelomoreira) em 23 de Abril de 2020 17:00
Foto: Arquivo Pessoal - Reprodução

José Carlos Conceição dos Anjos, ou simplesmente Zé Carlos, como é conhecido pelas imensas torcidas de Bahia, Atlético-MG e Internacional, é um campeão dentro e fora de campo. Hoje com 55 anos e muita história para contar após vencer várias dificuldades, o ex-jogador que nasceu no dia 20 de março de 1965, em Salvador/BA continua um craque.  Só que atualmente o show é fora dos gramados e agora ele é artilheiro de solidariedade. Em entrevista exclusiva, o ídolo da torcida do Bahia mostra porque é vencedor e como gosta de ajudar o próximo.

Com o objetivo de ajudar a matar a fome daqueles que não têm o que  comer, surgiu o “Quarentena solidária Tricolor”, feito através de torcedores do Bahia junto com Zé Carlos. E estão lutando para conseguir R$ 165 mil, que corresponde a mais de 50 toneladas de alimentos. As doações são feitas através de vaquinhas on-line e as ações vão até o dia 1° de maio. Para conhecer mais do projeto e ajudar nesta luta, basta seguir a página @quarentenasolidariatricolor no Instagram.

“A ‘Quarentena solidária Tricolor’ é feita com amigos. Nós juntamos sócios, torcedores e alguns jogadores através de grupos de whatsapp . Todos nós abraçamos a causa e com isso fizemos também uma vaquinha virtual para arrecadar fundos e ajudar os mais necessitados”.

Com a grande vontade de ajudar, Zé Carlos e o pessoal da “Quarentena solidária Tricolor” também estão com o intuito de ajudar hospitais que tanto precisam neste momento difícil.

“Nós ajudamos também o Hospital Aristides Maltez , o Martagão Gesteira e o Irmã Dulce. Nós esperamos arrecadar muitas toneladas de alimentos para doar, esse é o nosso pensamento”.

Zé Carlos confidenciou que sente um carinho pelo Hospital Aristides Maltez, porque foi lá que sua esposa fez o tratamento na luta contra o câncer, e venceu a doença. E assim como ela, muitas pessoas lutam pelas suas vidas lá. Ele quer ver muitas outras pessoas vencendo, igual a sua esposa e para isso ele quer ajudar da melhor maneira que puder.

 “Eu pensei muito no Aristides porque minha esposa teve câncer. Ela foi tratada lá e eu passei muito tempo com ela naquele lugar, e graças a Deus ela foi curada. Mas sabemos das dificuldades, têm pessoas de muitos lugares, e elas precisam se alimentar, sejam elas pacientes e até os acompanhantes. Eu mesmo tomei café da manhã lá, almocei e jantei. E nesse momento fica muito mais difícil com o distanciamento, por conta da pandemia. Então eu entrei em contato com a diretoria do hospital, falei com Dona Celeste, que é a diretora. E ela me passou as necessidades”.

O torcedor do Bahia não é o único que tem boas lembranças do ex-atacante, ele também tem história em outros dois grandiosos clubes que, apesar de ser torcedor apaixonado e declarado do Bahia, ele sente um carinho. Ele doará materiais como camisas e agasalhos da época de sua passagem pelo Internacional e Atlético-MG, para serem leiloados e conseguir mais recursos.

“Sendo assim, estaremos ajudando, junto com a ‘Quarentena Tricolor’. Minha doação será através de materiais que usei como jogador para ser feito um leilão e arrecadar fundos com destino ao Aristides e Martagão. Vou doar um agasalho do atlético Mineiro, uma camisa do Internacional e uma camisa retrô minha. Sei que isso é muito pouco o que fazemos, mas que acaba sendo muito quando nos entregamos e enxergamos esse momento de ajuda. É um momento delicado, mas que nos faz refletir e pensar mais no próximo”.

                                               

O ídolo Tricolor chama atenção para as pessoas que mais necessitam e que a ajuda não deve se encerrar quando a pandemia passar. Ainda relembra das dificuldades que passou na infância junto à sua família.

“Não só nesse momento de pandemia, mas no dia a dia, muitas pessoas têm dificuldades para conseguir o pão de cada dia, dificuldade para conseguir transporte. É uma luta diária, e eu acho que esse momento é oportuno para refletirmos. Eu paro pra pensar, eu e mais seis irmãos acordávamos de manhã sem ter o que comer e sei o que passar fome. Ao ponto de minha mãe passar oito dias sem se alimentar, porque o que ela conseguia achar de alimento, ela dava pra gente. Foi tanto tempo sem comer, que quando ela se alimentou teve de ser atendida no hospital porque quando o alimento caiu no estômago, ela passou mal. Então faço questão de ajudar aqueles que precisam”.

Por fim, ele demonstra fé e otimismo de que esse momento difícil passará e que apesar das dificuldades que todo o mundo atravessa, os tempos bons voltarão.

“Temos orado e pedido a Deus, pra que isso tudo acabe logo e voltemos as nossas vidas normais. Mas com certeza não será como antes, o mundo está diferente e às vezes a gente pensa só no Brasil, mas o mundo todo está sofrendo. Mas tenho certeza e fé de que isso vai cessar o mais rápido possível”, completou.

                                                


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