Um dia depois de ver seu time sofrer um gol de mão, que decretou a derrota para o Paraná, em pleno Castelão, o presidente do Ceará, Evandro Leitão, insinuou que a Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) recebe pressão dos clubes de São Paulo, que são rivais diretos da equipe cearense na Série B do Campeonato Brasileiro.

O dirigente denuncia que uma vez por semana, o presidente da Comissão, Sérgio Corrêa, comparece a Federação Paulista de Futebol, e reclama que seu time vem sendo constantemente prejudicado pela arbitragem na competição.

“Não foi a primeira vez que fomos prejudicados pela arbitragem na Série B deste ano, mas esta foi a mais vergonhosa, a mais escancarada. Todo mundo percebeu claramente que o jogador do Paraná usou a mão. Como o árbitro, a bandeirinha e até mesmo o quarto árbitro não viram? O atacante do Paraná nem comemorou o gol na hora que a bola tocou as redes porque não acreditou que o lance seria validado. O que mais preocupa o Ceará é que toda sexta-feira o presidente Sérgio Corrêa da Silva dá expediente na Federação Paulista de Futebol e temos clubes paulistas como Guarani, Ponte Preta e São Caetano brigando pelo acesso à Série A", falou Evandro Leitão através de assessoria de imprensa.

O presidente do Ceará lembrou de outras partidas em que se diz prejudicado, mas que a gota d’água foi este gol de mão marcado por Wellinton Silva, que acabou rendendo o afastamento do árbitro Charles Hebert Cavalcante Ferreira, que mesmo assim não agradou ao dirigente.

"Contra o Figueirense, há menos de dez dias, tivemos dois jogadores expulsos com critérios duvidosos, pênalti não marcado, e eu já havia alertado a CBF para ser mais seletiva na escolha dos árbitros. De nada adiantou. No primeiro turno, contra o mesmo Paraná, vencíamos por 3 a 2 e sofremos o gol de empate no fim, num lance de impedimento que a TV mostrou para todo o Brasil. Nós investimos, montamos bom time, nossos torcedores lotam o estádio e acontece esse tipo de coisa que põe em risco todo o trabalho. A Série B cresceu, ganhou visibilidade e a CBF precisa tomar providências para não comprometer sua credibilidade”, completou Leitão.