O projeto do Mané Garrincha para  70 mil pessoas: obras já começaram (Foto: Divulgação)O governador eleito do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), afirmou ao jornal "Folha de S. Paulo" que vai reduzir a capacidade do projeto do estádio Mané Garrincha caso o Comitê Organizador Local (COL) da Copa do Mundo de 2014 confirme que a partida de abertura será em São Paulo.

Na última quarta, o comitê paulista enviou para o COL toda a documentação do estádio do Corinthians, que será construído em Itaquera, e o projeto será finalmente analisado pela Fifa. As obras do Mané Garrincha já começaram com previsão para 70 mil lugares e custo de quase R$ 700 milhões. Porém, sem a abertura, o campo deverá passar a ter espaço para 40 mil pessoas.

- Nós vamos procurar a CBF para ter uma confirmação oficial porque, se não for a abertura, nada justifica o Distrito Federal ter um estádio para 70 mil pessoas. Vamos rever o projeto para 40 mil lugares - disse Agnelo à "Folha", sem revelar o valor do novo projeto.

Já o atual governador do DF, Rogério Rosso (PMDB), criticou a decisão do COL de escolher o Fielzão para o primeiro jogo da Copa, já que o estádio não deverá estar pronto para ser usado na Copa das Confederações em 2013.

- O cronograma da Fifa tem que ser observado. Por que vale para uns e não vale para outros? - perguntou Rosso.

Após uma reunião na última segunda com autoridades paulistas (como o governador Alberto Goldman), Ricardo Teixeira, presidente da CBF e do COL, mostrou-se confiante em ter o campo do Corinthians como sede da abertura. Porém, segue o impasse sobre quem pagará a ampliação da futura arena corintiana. Para executar uma obra que receba 65 mil espectadores, o Timão gastará cerca de R$ 600 milhões, e por enquanto tem garantido investimento de R$ 400 milhões, oferecidos pela Odebrecht.