Apesar das críticas de parte da torcida, Ney Franco foi confirmado e apresentado nesta quarta-feira (9) como novo técnico do Cruzeiro. O treinador substitui Enderson Moreira, demitido após o empate com o CRB.

Nas primeiras palavras como comandante da Raposa, ele alertou sobre as dificuldades da Série B. "Todos têm que entender que a gente está disputando uma competição extremamente difícil. Você não ganha e não fica entre os quatro primeiros apenas com o nome, com a estrutura do clube. Se você não for para campo, não trabalhar, tiver uma entrega de todos os profissionais nesse trabalho, não tem sucesso", disse.

Por outro lado, o técnico se mostrou otimista e considerou o convite como uma "convocação". "Você ser convidado para dirigir uma das equipes mais tradicionais do futebol sul-americano, você se sente convocado para o setor. Volto para esse trabalho, que é trabalho de mão dupla, muito bom para mim como profissional também. É valorização dos profissionais que estão nas áreas, conquista de acesso para o ano que vem. Me sinto desafiado, sei da dificuldade desse trabalho, de responsabilidade. Estamos trabalhando com paixão, com uma torcida imensa. Por entender o clube, a cidade, o meio, acho que a gente tem tudo para desenvolver o trabalho para a nossa Série A do ano que vem".

Já sobre o duelo de sexta-feira (11), contra o Vitória, no Mineirão, Ney Franco justificou porque aceitou comandar a equipe do banco de reservas com apenas dois treinos com o grupo. "Não tenho necessidade de ficar fora do jogo de sexta, da tribuna. No mínimo, hoje, no jogo de sexta, de estar liderando a equipe, já adianto um pouco meu trabalho, já participo do jogo, vivencio vestiário com atletas, no pré-jogo e durante a partida, para ver reação dos atletas, e sabendo que, depois do jogo de sexta, teremos uma semana para trabalhar para o jogo diante do CSA. A gente já quer adiantar o mais rápido possível, para começar uma carreira vitoriosa".