O Vitória vive um péssimo momento na temporada de 2018. Após o empate com o lanterna e já rebaixado Paraná, no último final de semana, o Leão segue na zona de rebaixamento da Série A e anunciou a demissão do técnico Paulo Cézar Carpegiani, nesta terça-feira (06). Diante desse cenário, o presidente Ricardo David concedeu entrevista coletiva para falar da atual situação do clube. Ele começou falando sobre a saída do técnico Carpegiani.

“Nós começamos a observar e os resultados estavam sendo fortemente influenciados por essa falta de integração, por esse fator que interfere muito. O próprio Paulo Cézar me ensinou, ele me disse sempre que não importa só a técnica, é a técnica e a vontade. A gente estava percebendo uma necessidade de oxigenar o elenco, era preciso. Por algum motivo isso não estava ocorrendo. Tivemos uma reunião com toda a comissão técnica, com todo elenco, onde foi renovado esse compromisso com a responsabilidade que o momento requer. Todos estão muito empenhados porque sabem da responsabilidade desses próximos jogos, principalmente o próximo jogo, o BaVi, que eu tenho certeza que o torcedor vai encontrar uma atitude diferente”, afirmou.

O mandatário afirmou que para essa reta final de Brasileirão, todos os jogos do clube terão a carga máxima do Barradão vendida ao preço de R$ 10.

“Logo mais a comunicação deve estar saindo com isso nas próximas horas. Não só para esse BaVi, mas para todos os jogos do Vitória, o jogo contra o Atlético do Paraná, e o jogo contra o Grêmio, nós trabalharemos com carga máxima a R$ 10. Nós precisamos do nosso torcedor. O sócio bronze também terá acesso gratuito ao jogo”, disse.

Ao falar sobre o clássico BaVi do próximo domingo, o dirigente afirmou que o favoritismo está do lado do rival.

“Eu não tenho dúvida. O Bahia é o favorito sim. Eu acho que sim. Tem a melhor campanha, futebol é muito simples. Futebol quem apresenta melhores resultados se torna o favorito. Então, eu acho que o Bahia é sim o favorito. Mas vai encontrar um adversário com muita vontade de reverter isso. Vocês não tenham dúvida”, afirmou.

Ele também se mostrou insatisfeito com a escolha de Luiz Flávio de Oliveira para apitar o clássico.

“Aquele primeiro jogo decisivo do Campeonato Baiano, os erros brutais, pênalti que não foi, um gol de impedimento, uma expulsão do goleiro que não foi... Então manifestamos por se tratar de um BaVi no mesmo ano, não haveria necessidade. A CBF dispõe de um quadro de árbitros muito competente e mostramos à CBF a nossa insatisfação quanto a indicação do senhor Luiz Flávio para apitar esse jogo. Esperamos que ele tenha um bom trabalho”, afirmou.

Ricardo também foi questionado se o clube tomaria alguma atitude por conta da expulsão do atacante Rhayner, às vésperas de um clássico, por reclamação, mesmo estando no banco.

“Assim que saiu a liberação da súmula, eu próprio chamei o Rhayner, nós estávamos no aeroporto, e eu próprio disse e ele: ‘Olha o que está aqui. Foi isso que você fez?’. Ele disse: ‘Presidente, não foi. Eu reclamei, disse que a bola tinha batido na mão, que eles estavam errados e tudo mais e não foi isso que eu falei”. É a palavra de um contra a palavra de outro. Nós não ouvimos, não teve nenhuma testemunha do que realmente aconteceu. O árbitro relatou isso, enfim. Vai ficar a palavra dele contra a palavra do árbitro”.