Um grupo de conselheiros do Bahia esteve com o presidente Marcelo Guimarães Filho esta semana e pediu mudanças mais profundas no clube, desde alguns funcionários que não tem qualquer função no fazendão até o departamento jurídico.

Os conselheiros entendem que já houve uma mudança substancial com a chegada de Paulo Angioni, mas entendem que alguns problemas vem crescendo dentro do clube, como por exemplo as causas trabalhistas que não vem tendo solução, acordos que não são pagos, gerando multas que chegam a 100 por cento.

Um ex-funcionário do departamento administrativo do Bahia que havia feito acordo na justiça do trabalho teve praticamente o dobro da causa somente de multa pelo não cumprimento do acordo, causando um prejuízo enorme aos cofres do cube. Ele teria direito a receber pouco mais de R$ 25 mil reais e agora a dívida é superior a R$ 50 mil. Esse foi apenas um caso, porém existem dezenas de outros ex-funcionários na mesma situação.

Um outro fator que o departamento jurídico do Bahia vem sendo bastante criticado dentro do conselho é com relação as rescisões de contrato, quando o departamento administrativo é orientado a mandar jogadores e treinadores embora para depois acertar na justiça, acumulando dívidas futuras que vão estourar a qualquer momento.

Recentemente o vice-presidente jurídico do Bahia, Ademir Ismerin, afirmou na Rádio Itapoan FM que, independente da anuência do presidente Marcelo Guimarães Filho, entraria com uma ação na justiça contra a Federação Bahiana de Futebol pela alteração de um jogo da equipe pela não liberação de Pituaçu no Campeonato Baiano, o que até o momento não aconteceu. “Entro com a ação ou peço demissão do Bahia, aqui quem manda sou eu”, ameaçou o advogado, que não cumpriu nenhuma das promessas: nem entrou na justiça nem pediu demissão.

Um out episódio que pode prejudicar o Bahia foi a orientação para o clube diminuir o salário do superintendente Elizeu Godói, que foi rebaixado de cargo, agora cuidando do time do Campeonato do Nordeste. A lei é clara quando não permite a redução salarial, o que pode ser cobrado futuramente com juros e correção pelo funcionário.

Os conselheiros indicaram ao presidente Marcelo Guimarães Filho o nome do conceituado advogado Wellington Cerqueira, ex-presidente do TJD-BA, muito respeitado dentro do clube, para assumir o departamento jurídico do Bahia.