Na noite desta quarta-feira (1), o ex-ponta-esquerda Jésum concedeu uma entrevista exclusiva para a Equipe dos Galáticos. O ídolo da torcida do Bahia falou sobre a passagem dele no Tricolor e destacou momentos marcantes da carreira.

"Cheguei em 76 pelo Paulo Maracajá. O meu passe era do São Paulo e eu estava no Cruzeiro. Eles não entraram em acordo para fazer a compra do meu passe, daí eu fui direto das férias que estava passando em Minas para Salvador. Foi quando eu integrei no grupo do excelente Bahia na época", disse.

O ex-jogador comentou sobre o falecimento de outro ídolo do Bahia, Sapatão. "Muito chateado até hoje. Me arrebenta. É complicado, meus olhos já ficam lacrimejando, é complicado. Além de um bom jogador, era um excelente ser humano", destacou. 

Jésum rasgou elogios ao Bahia e afirmou que sempre foi bem tratado no clube. "O Bahia é incrível. Sempre foram valorizados os jogadores porque na verdade era uma família, sempre foi uma família, tive o prazer de atuar. As vezes alguém queria tirar uma onda e o bicho pegava, ficava meio complicado", afirmou.

Questionado sobre a relação com a diretoria do Bahia e com o presidente da época, Paulo Maracajá, Jésum lembrou das dificuldades que passou na carreira por conta de salários. "Comigo também foi meio complicado, mas era normal. Isso não acontecia só no Bahia, acontecia em todos os clubes do Brasil. Flamengo, Cruzeiro, por exemplo, que eu joguei, eles conseguiam atrasar o salário da gente. Mineirão lotado e os caras conseguiam atrasar o nosso pagamento".

Perto do final da entrevista, Jésum se declarou para a cidade e aos dois clubes que jogou na Bahia. "Eu amo Salvador, eu amo a Bahia. quando eu digo isso, eu amo ambos os clubes, o Vitória e o próprio Bahia, porque eu sempre fui bem recebido, isso é de suma importância para o futebol". 

Jésum Gabriel está com 67 anos. Ao longo da carreira, o ponta-esquerda passou por clubes como São Paulo, Cruzeiro, Grêmio, Bahia e Vitória.